Piloto paulista fazia o primeiro vôo pela empresa
A notícia do acidente e morte do piloto curitibano Luiz Antônio Ramos Molinari, 57 anos, foi dada à família por autoridades da Aeronáutica horas depois da queda da aeronave - já no início da manhã. A primeira a saber foi Talita Molinari, 21 anos, caçula dos três filhos de Luiz Antônio.
Ao lado de Luiz no avião, estava o também experiente piloto José Renato Urbano, de 46 anos. Nascido na cidade de Assis, interior de São Paulo, Urbano fazia seu primeiro vôo pela empresa Two Táxi Aéreo.
Um avião modelo Embraer 110, de prefixo PT-SDB, caiu na madrugada desta quarta-feira (22) no terreno da Academia da Polícia Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. A aeronave era pilotada pelo curitibano Luiz Antonio Ramos Molinari, de 57 anos, que estava acompanhada do também piloto José Renato Urbano, de 46 anos, de São Paulo. Os dois morreram depois da queda do avião. As identidades foram confirmadas pela empresa Two Táxi Aéreo, de Itupeva, São Paulo, responsável pela aeronave.
O agente de segurança de vôo da empresa Two, Wagner Gropelo, veio para Curitiba para acompanhar toda a investigação e prestar assistência às famílias. Em nota, divulgada à imprensa no início da noite, a empresa manifesta intenso pesar pelo acidente. De acordo com Gropelo, os dois comandantes tinham bastante experiência e que só as investigações podem mostrar o que aconteceu. "As investigações técnicas do que causou o acidente também serão passadas pela Aeronáutica", afirmou Gropelo.
O Cindacta II (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) ainda não se pronunciou sobre a morte dos pilotos. "Estamos fazendo o levantamento de dados. O comando da Aeronáutica tem 30 dias para apresentar um relatório preliminar sobre as causas do acidente. Isso pode ser prorrogado caso seja necessário. A investigação não busca culpabilidade no acidente e sim a prevenção para que novos acidentes não aconteçam", explicou o capitão Leonardo Mangrich, chefe de comunicação do Cindacta II. Até as 18h30, os destroços da aeronave permaneciam no local do acidente. "Só iremos remover a aeronave depois que a equipe de investigação autorizar", comentou Mangrich.
A queda
Segundo o irmão de Molinari, Márcio Molinari, os pilotos vieram de Jundiaí, no interior de São Paulo, para trazer uma peça para a montadora Audi. De acordo com relatos das famílias dos pilotos, a aeronave saiu de Jundiái na noite de terça-feira. Às 23h45, segundo a Infraero, a aeronave pousou no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais.
Depois de ficar por cerca de 50 minutos num hangar, tempo em que a peça teria sido retirada da aeronave, o avião decolou por volta à 0h30 de volta para Jundiaí. Em menos de cinco minutos, depois de levantar vôo, o avião caiu no pátio da Academia da Polícia Militar do Guatupê.
Ainda de acordo com a Infraero, no momento da decolagem da aeronave, a neblina era intensa sobre o aeroporto Afonso Pena. Entre a 0h e 5h35, o aeroporto operou por instrumentos, ou seja, para pousar e decolar era necessário ajuda dos controladores de vôo. A Infraero, no entanto, afirma que a neblina atrapalha mais na hora do pouso e não na decolagem.
Cinco minutos após a decolagem, a torre de controle do Afonso Pena perdeu o contato com a aeronave. As buscas se iniciaram e por volta das 3 horas foram encontrados os destroços do avião no terreno da Academia do Guatupê, em uma área de mata.
Não houve incêndio e os dois tripulantes morreram na hora. A PM, o Corpo de Bombeiros e técnicos da Aeronáutica foram para o local do acidente para iniciar as investigações sobre o que causou a queda do avião.
Enterro
O velório do corpo de Molinari, segundo a família, acontece às 21h desta quarta no Aeroclube do Paraná - no aeroporto do Bacacheri. O enterro acontece nesta quinta-feira no Cemitério Água Verde - o horário não estava definido.
O corpo de Urbano seria levado ainda nesta noite de avião para Assis, onde o piloto morava com a família. O velório e o enterro acontecem nesta quinta-feira no Cemitério Municipal de Assis.
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