Londrina - Mais oito pessoas foram contaminadas pela bactéria Klebsiella spp ou Enterobacter no Hospital Universitário (HU) de Londrina, subindo para 16 os casos de contaminação. Outras cinco estão sob suspeita. Segundo a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário de Londrina (CCIH), Cláudia Carrilho, ao todo são 16 casos confirmados. O micro-organismo, encontrado no último sábado, levou à suspensão de novas internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e restringiu o atendimento em quase todo o Pronto-Socorro (PS).
Em entrevista coletiva na tarde de ontem, Cláudia voltou a afirmar que a situação é atípica e que não há previsão de retomar o atendimento normal. Ela explicou que uma parte da UTI está sendo desinfetada. Os pacientes foram transferidos para um outro setor do hospital para que ocorra a desinfecção. Segundo Cláudia, os pacientes transferidos não voltarão à UTI e a unidade só será reaberta depois que os pacientes infectados tiverem alta. "Não estamos internando ninguém até que a gente consiga acabar com os casos positivos", disse.
Já o pronto-socorro ainda não passou pela desinfecção. "O PS está cheio, não temos nenhuma ala vazia e enquanto nós não reduzirmos o fluxo de pessoas, não conseguiremos fazer a desinfecção adequada", ressaltou. De acordo com Cláudia, foram feitos exames nos 25 pacientes internados no pronto-socorro. Os resultados devem ficar prontos até amanhã.
Funcionários
Cláudia informou que não serão realizados exames nos funcionários para saber se eles estão ou não infectados. "Todos são orientados a lavar as mãos com muita frequência, antes e depois do contato, usar avental de manga longa e luvas. Dessa forma, não se tem o risco ao lidar com esses pacientes." Entretanto, os exames poderão ser realizados se o hospital não conseguir estancar a disseminação com as medidas preventivas. "No momento não é necessário, a não ser que a gente faça todas essas medidas, de isolar todos os casos, e continuar aparecendo novos casos".
Outros hospitais
A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que o atendimento segue normal na instituição. Já a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico informou que opera com a capacidade máxima, mas não é reflexo da interdição no HU.
A direção do Hospital Universitário informou que está atendendo somente casos graves no Pronto-Socorro, ou então encaminhados pelos serviços de emergência Siate e Samu. Mesmo assim, orienta que os pacientes sejam levados a outros hospitais.