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Londrina

Bactérias obrigam HU a interditar UTI neonatal

O aparecimento de bactérias obrigou o Hospital Universitário (HU) de Londrina, no Norte do Paraná, a interditar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. A unidade, que tem 12 leitos, estava superlotada desde o final do mês passado, quando o Hospital Infantil reduziu de 10 para 5 o número de leitos para o atendimento de recém-nascidos. Essa situação pode ter provocado o aparecimento de bactérias. Hoje, apenas o Hospital Evangélico, que tem 11 leitos, permanece atendendo com toda a capacidade, mas também está lotado.

Além de pacientes de Londrina, os hospitais atendem a demanda de outros 97 municípios da região. A diretora executiva da Secretaria de Saúde, Marlene Zucoli, confirmou o fechamento. "Eles realmente estão com problemas e não podem mais receber crianças", disse. A reportagem do JL, apesar de sucessivas ligações, não conseguiu entrar em contato com os diretores do HU.

Segundo o promotor de Defesa dos Direitos em Saúde, Paulo Tavares, as condições das UTIs já foram comunicadas para a 17ª Regional de Saúde e também para a Secretaria Municipal de Saúde, para que ambas tomem medidas e contornem a situação, que ele considera crítica.

Para Tavares, a situação evidencia o déficit do setor em Londrina e a urgência na definição de medidas para ampliar o serviço. No ano passado, ele ajuizou ação civil pública pedindo que a Justiça obrigue o governo do Estado a aumentar o número de leitos neonatais em Londrina. "Estou esperando o juiz determinar que o Estado aumente o número de UTIs."

Redução

O problema com as UTIs começou em janeiro, quando os médicos intensivistas pediram demissão por considerarem muito baixa a remuneração pelo serviço. A direção do hospital e a Secretaria Municipal de Saúde chegaram a um acordo para dobrar o volume de recursos repassados mensalmente – passando de R$ 18,6 mil para R$ 38 mil -, mas até agora os cinco leitos continuam desativados. "Da parte da secretaria já está tudo certo, mas existem outras pendências que são da direção do hospital com os funcionários", explicou Marlene Zucoli. Os diretores do HU não foram localizados para comentar o assunto. A secretária de Saúde, Josemari de Arruda Campos, também não foi localizada.

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