Brasília – Vidros quebrados, equipamentos destruídos, um carro depredado e dezenas de feridos. Este é o saldo trágico da ação de manifestantes ligados ao Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), uma dissidência do MST, ontem à tarde, na Câmara dos Deputados.

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O grupo – estimado em até 700 manifestantes – queria a aprovação no Congresso de uma lei que permite a desapropriação de terras onde há trabalho escravo.

No início da noite, com a confusão controlada, ao menos 300 deles foram presos já fora do Congresso.

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A prisão foi determinada pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Foram levados de ônibus para o ginásio Nílson Nelson, onde serão autuados pela Polícia Legislativa da Câmara.

Os que forem indiciados em crimes de menor potencial ofensivo devem ser liberados em seguida, mas alguns deles, que devem ser autuados em crimes inafiançáveis, serão transferidos para o presídio da Papuda.

Entre os crimes cometidos estão invasão de prédio público, dano ao patrimônio público, desacato e lesão corporal grave.

O líder do movimento, Bruno Maranhão, foi um dos primeiros a ser detidos. "Não me arrependo do que fiz porque não somos vândalos", disse Bruno, que também é um dos líderes nacionais do PT, pouco antes de ser preso.

Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas: a maioria deles seguranças terceirizados e integrantes da polícia legislativa.

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Dois dos feridos seriam manifestantes. O caso mais grave é o do coordenador de Apoio Logístico do Departamento de Polícia Legislativa (Depol), Normando Fernandes, que está na UTI de um hospital de Brasília. Ele teve afundamento craniano frontal esquerdo e edema cerebral.