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Trânsito

Bairros sofrem com congestionamentos

Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas (Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

Está enganado quem pensa que os congestionamentos só ocorrem em ruas e avenidas da região central de Curitiba. Todos os dias, motoristas que transitam por algumas vias que fazem a ligação entre bairros populosos da capital perdem tempo no trânsito devido à lentidão do fluxo. Dois exemplos são a Rua Isaac Ferreira da Cruz e a Avenida Vereador Toaldo Túlio. A primeira, no sul da cidade, une os bairros Boqueirão, Sítio Cercado e Pinheirinho e chega a registrar uma média de 1,7 mil veículos por hora. No oeste, a Toaldo Túlio é responsável pela ligação de Santa Felicidade ao São Brás e ao Orleans, onde o fluxo atinge 1,6 mil veículos por hora.

Além de movimentadas, outras características que ambas possuem, e que faz com que o trânsito fique ainda mais lento, é a grande concentração de estabelecimentos comerciais e o fato de serem vias de mão dupla. "Nessas vias, há um conflito entre o movimento do comércio e o trânsito de passagem, ou seja, daqueles que estão indo ou voltando para casa", explica o professor do curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e mestre em Transportes, Ricardo Bertin. Márcio José da Silva, morador do Sítio Cercado e proprietário de uma loja na Isaac Ferreira da Cruz, concorda. "Aqui tem congestionamento durante o dia inteiro, até mesmo nos sábados, quando as famílias saem para passear no comércio." Os motoristas são os principais prejudicados com a lentidão do fluxo, mas não são os únicos incomodados. "No fim da tarde, o trânsito fica bem parado perto do viaduto (do Orleans) e tem pontos onde a gente não consegue nem atravessar para o outro lado da rua", comenta Jurema Tessari Smanhoto, proprietária de um comércio na Toaldo Túlio.

O coordenador do plano de mobilidade urbana do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), José Álvaro Twardowski, explica que a Isaac Ferreira da Cruz já possui uma espécie de binário com a Rua dos Pioneiros, que poderia ser mais utilizada pelos motoristas. Já o caso da Toaldo Túlio é o mais difícil de resolver, segundo ele. "Não existem ruas paralelas contínuas que possam absorver esse fluxo. A única coisa que pode ser feita é uma reurbanização da via, projeto que já está em fase de execução pelo Ippuc."

O professor Bertin sugere outras possibilidades para a Toaldo Túlio. "A retirada das vagas de estacionamento pode ser uma solução, além da transferência urgente de parte dos usuários de veículos particulares para o transporte público."

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