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A expectativa de um inverno seco traz, além da preocupação com o racionamento de água, um aumento no número de casos de doenças respiratórias. A baixa umidade do ar, decorrente da presença de massas de ar seco, favorece a ocorrência de crises de asma, rinite e sinusite. Estima-se que a incidência de problemas respiratórios aumente em até 40% nos períodos de estiagem.

De acordo com o médico pneumologista do Hospital Vita, Ricardo Alves, a combinação de baixa umidade e poeira leva a infecções nas vias aéreas superiores. "Quando o ar entra pelas narinas, os pêlos têm como tarefa aquecer, umidificar e filtrar o ar. Como no período de estiagem o oxigênio entra mais seco pelo nariz para chegar ao pulmão, acaba havendo um irritação maior do sistema respiratório", explica. Segundo ele, pessoas que sofrem com a obstrução das vias nasais acabam respirando pela boca e pioram ainda mais esse quadro. A conseqüência vem em forma de dores de cabeça, tontura, náusea, irritação nos olhos, nariz e garganta. Na época da seca também aumenta a incidência dos casos de diarréias viróticas, viroses e doenças de pele.

Em Curitiba, a umidade na tarde de ontem estava próxima de 50%. De acordo com o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, embora a umidade fique um pouco mais baixa durante o inverno, o normal é que esteja acima de 70%. Em Cambará, no Norte Pioneiro, a umidade chegou ontem a 36,6%. Segundo Kneib, embora os nevoeiros ocorridos durante a noite consigam elevar os índices para 100%, durante o dia eles voltam a cair por conta das altas temperaturas. "A situação só deve melhorar a partir de domingo, quando se aproxima do estado uma frente fria vinda da Argentina", explica. O tempo deve mudar no Rio Grande do Sul, onde são esperadas pancadas de chuvas com trovoadas. Entretanto, no Paraná, as chuvas devem ocorrer de forma isolada e com curta duração.

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