Além de enfrentar falta de água e ameaça de desabastecimento em várias regiões, o Estado de São Paulo sofre com uma massa de ar seco que derrubou a umidade relativa do ar nesta terça-feira (4).
Na capital paulista, esse índice oscilou entre 25% e 34% durante a tarde de terça. A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera níveis entre 20% e 30% como estado de atenção.
Em cidades como Lins e Barretos, no interior de São Paulo, a umidade relativa do ar chegou a 19%, nível considerado ainda mais crítico pela OMS. Entre 12% e 20%, a organização considera estado de alerta. Já índices inferiores a 12% são tidos como estado de emergência sanitária.
De acordo com o meteorologista Franco Vilela, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), “para os próximos dias, isso continua, inclusive tem a tendência de piorar um pouco, a partir desta quarta-feira (5) e principalmente da sexta-feira. Na capital, deve ficar um pouco melhor, sem baixar de 30%”.
O instituto monitora uma massa de ar seco, classificada como perigosa, que se concentra principalmente em regiões do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
Áreas de outros nove Estados, nas regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste estão classificadas como áreas de perigo potencial, por conta da baixa umidade relativa do ar. São eles: Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
Já a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que mede também os níveis de poluentes no ar, classificou três cidades paulistas como mais preocupantes em termos de qualidade atmosférica.
Em Cubatão (estação Vila Parisi), a qualidade do ar foi classificada como “muito ruim”. Já a capital paulista (na estação Marginal do Tietê) e a cidade de Santa Gertrudes tiveram avaliação “ruim”.
Poluição agrava riscos
Na cidade de São Paulo, além do tempo seco, a poluição também gera preocupação entre autoridades sanitárias e cidadãos comuns.
O ciclista Pedro Lannes chega a usar uma máscara enquanto pedala pela ciclovia da avenida Paulista. Para ele, o problema piora no fim da tarde.
“Tem muita poluição. Como o volume de carros é muito grande, principalmente às quatro ou cinco da tarde, fica pior ainda a qualidade do ar. Ainda mais agora nesse tempo que não está chovendo”, relata. Ele disse acreditar que o uso da máscara ajuda a filtrar um pouco o ar poluído.
Contudo, o pneumologista Fábio Pereira Muchão avalia que em situação crítica de baixa qualidade do ar, as máscaras são pouco eficazes. “Esse material particulado [tipo de poluente] é muito fino, por isso, é prudente evitar exercícios ao ar livre entre as 10h e as 17h”.
O médico do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), da Secretaria de Estado da Saúde, recomenda ainda ingerir bastante líquido, lavar o nariz com soro fisiológico e manter uma alimentação leve.
Já para pessoas com doenças respiratórias crônicas, tais como a asma, Muchão indica que um médico seja procurado para revisão de tratamento.
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