Símbolo da participação paranaense na Copa de 2014, a Arena da Baixada virou palco de violência generalizada na noite dessa sexta-feira (21). Membros da torcida organizada 'Os Fanáticos', do Atlético, e um dos vários grupos de manifestantes que tomaram as ruas de Curitiba entraram em confronto ao redor do estádio.
A partir das 20h, a Praça Afonso Botelho se tornou cenário de guerra durante mais de uma hora. O quebra-quebra só foi contido quando a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) chegou para acabar com o tumulto. Membros da organizada e manifestantes utilizaram pedras, pedaços de pau, facas e até bombas caseiras como métodos de ataque.
Antes mesmo de o protesto passar pela Baixada, integrantes da Os Fanáticos já esperavam em frente ao estádio, armados com pedras e pedaços de madeira, conforme mostra uma foto divulgada no microblog Twitter. Segundo o ex-vereador Julião Sobota, da diretoria do grupo, eles estavam no local para 'defender o patrimônio do clube da ação de vândalos'.
"Existe um papo de pessoas que querem vir depredar o patrimônio do Atlético. Viemos aqui para não deixar que isso aconteça", falou Sobota à Gazeta do Povo antes de o enfrentamento começar. Há suspeita de que membros de torcidas organizadas rivais ao Atlético estivessem infiltrados entre os manifestantes.
De acordo com Sobota, quase não havia policiamento ao redor do estádio no momento da entrevista, por volta de 19h50. "O policiamento aqui [na região] está tranquilo. Na verdade nós somos o policiamento", afirmou o ex-vereador.
Há informações desencontradas sobre o início do combate. De qualquer forma, pedras e paus voaram de ambos os lados. De acordo com a PM, ao todo 30 pessoas foram presas em Curitiba após os protestos dessa sexta. Não informação oficial sobre feridos.
Confronto em frente à Arena da Baixada
Vida e Cidadania | 3:21
Os protestos desta sexta-feira (21) começaram pacíficos na capital, mas terminaram com violência e destruição. Tubos de ônibus, orelhões, prédios particulares e de órgãos públicos foram vandalizados.