Em sua sexta edição, a Operação Balada Protegida, realizada pela prefeitura de Curitiba na noite de sexta-feira (3) para sábado (4), passou por seis pontos da cidade, e se concentrou principalmente nas áreas das ruas Trajano Reis, no bairro São Francisco, e na Vicente Machado, no Batel, tradicionais redutos de bares na cidade. É a quinta vez que a operação passa pela Vicente e a segunda pela Trajano. O foco principal, segundo o secretário da Defesa Social, Algacir Mikalovski, é a questão do tráfico de drogas. “Estamos conseguindo tirar de circulação vários traficantes. O quantitativo de drogas para a realidade do município também é considerado expressivo”, avalia.
Nesta operação, foi encontrada uma grande quantidade de drogas embaixo de um carro estacionado na esquina das ruas Trajano Reis e Paula Gomes. Foram apreendidos cerca de 200 gramas de maconha, 17 comprimidos de ecstasy, 24 pontos de LSD e 21 invólucros de cocaína. Ninguém foi preso porque o dono das drogas não foi identificado. As substâncias foram encontradas com a ajuda de um cão farejador.
A ação passou também pelas ruas São Francisco e Coronel Dulcídio, avenidas Vicente Machado e Bispo Dom José e na Praça da Espanha e envolveu Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Secretaria de Trânsito, Secretaria do Urbanismo e Assuntos Metropolitanos e Vigilância Sanitária.
Som e alimentos
Além da apreensão de drogas, o saldo da noite rendeu três bares da Rua São Francisco notificados por poluição sonora e problemas na documentação. A Vigilância Sanitária também orientou sobre a manipulação correta dos alimentos. “Nossa meta principal é trazer os estabelecimentos para a regularização, nunca o fechamento, que é uma medida extrema”, explica Mikalovski.
A Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) também emitiu autos de infração para 14 veículos estacionados irregularmente, além de multar outros 16 motoristas por infrações diversas.
De acordo com Mikalovski, a meta é ampliar a operação para as dez regionais de Curitiba já nas próximas semanas. A ideia é realizar a Balada Protegida simultaneamente, mais ou menos na mesma frequência que vinha sendo feita, de uma a duas vezes por semana, em todos esses pontos.
Ainda de acordo com o secretário, as ações ainda têm se concentrado nas áreas mais problemáticas, como a região da Trajano Reis, campeã de reclamações por poluição sonora na cidade e onde há 17 bares em funcionamento. “Estamos no início dos trabalhos ainda, mas colhendo excelentes resultados. Notamos uma mudança de comportamento, a exemplo do que aconteceu na Vicente Machado, nas imediações do Shopping Hauer, onde fizemos a operação e permanecemos”, avalia. “Metade do que recebíamos de reclamação se transformou em parabenizações. Mas mesmo quem nos procura para elogiar já pode nos informar de outra situação. Nosso trabalho é muito dinâmico e exige uma macroação. Contamos com as críticas da população para ajustar, realinhar e ampliar esse objeto comum que é proteger o cidadão curitibano”, completa.
Operações anteriores
A primeira Operação Balada Protegida foi realizada poucos dias após a posse do prefeito Rafael Greca, em 12 de janeiro, e já começou polêmica, já que se concentrou na Vicente Machado, próximo à casa de Greca. A maioria dos comerciantes apoiou a medida. Na segunda noite de fiscalização, fechou três bares no problemático entorno da Rua Trajano Reis e na Rua Almirante Tamandaré, no Juvevê.
Quando voltou à Vicente Machado, já na terceira noite de fiscalização, a operação distribuiu pulseirinhas aos clientes dos bares que se submeterem ao teste do bafômetro: quem já havia bebido além do limite máximo para dirigir recebia uma pulseira vermelha. A ação foi criticada por ser realizada em pedestres e considerada abusiva.
Na terceira Operação Balada Protegida, a prefeitura orientou sobre os riscos de misturar bebida e direção e focou nas irregularidades do comércio. Ao fim de janeiro, fechou mais três estabelecimentos, no Bairro Alto e no Uberaba. Na quinta operação, a Guarda Municipal deteve três rapazes, incluindo um menor de idade, que tentariam assaltar frequentadores da região da Vicente Machado utilizando uma arma falsa e facas.
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