Após duas blitze repressivas, a Operação Balada Segura da prefeitura de Curitiba tomou um tom mais didático na noite desta quinta-feira (19). Cerca de 50 agentes da prefeitura, entre guardas municipais, agentes de trânsito e fiscais, acompanhados apenas por duas viaturas do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, voltaram à Rua Vicente Machado, local da primeira fiscalização há uma semana, agora para orientar os comerciantes e frequentadores dos bares da região.
Uma das novidades da ação desta quinta foi a liberação de uma das faixas da rua, a do lado direito, justamente em frente aos bares, para que os frequentadores transitassem. “A pista era usada pelos pedestres de forma irregular e perigosa, invadindo o espaço de carros. Nossa intenção agora é dar mais segurança para quem frequenta os bares da região”, afirma o secretário municipal de Defesa Social, Algacir Mikalowski. Segundo o secretário, a equipe da prefeitura vai adotar o bloqueio de uma de faixas para que os pedestres usem também em outros pontos da cidade que concentram bares, como as ruas Trajano Reis, no São Francisco, e a Itupava, no Alto da XV.
Já o secretário de Urbanismo, Marcelo Ferraz, explica que a ação desta quinta não focou a documentação dos comerciantes porque o objetivo era barrar o comércio ilegal de ambulantes na Vicente Machado. Essa foi a principal reivindicação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR) em reunião com o prefeito Rafael Greca (PMN) quarta-feira (18). “Queremos barrar quem vende produtos sem procedência e sem pagar impostos”, enfatizou Ferras.
Já a equipe de Trânsito do município, junto como Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, aproveitou a ação para orientar as pessoas do perigo e consequências de se dirigir alcoolizado. Os frequentadores dos bares foram convidados a fazer exames nos bafômetros para averiguar o nível de álcool no sangue. Quem ultrapassava o previsto na lei recebia uma pulseira vermelha e era orientado a não dirigir na volta para casa. Quem estava com o nível de álcool abaixo do limite, recebia pulseira verde e era orientado a não continuar bebendo, caso tivesse que assumir o volante após a diversão. “Gostei da ação. E hoje não tem problema eu beber porque não estou de carro”, aprovou o estudante Iago Mauad, 19 anos, que fez o teste do bafômetro.
Ao contrário da primeira ação na Vicente Machado, quando um bar chegou a ser fechado por problemas de documentação, os frequentadores aprovaram o Balada Protegida desta quinta. “Dessa maneira a ação é bem-vinda, com eles deixando o pessoal se divertir e com segurança”, aprovou o assistente administrativo Bruno Oleranos. Mesma opinião do advogado Jonathan Perlote: “Desde que a operação não tenha caráter repressivo, a campanha é interessante. Principalmente porque espanta quem possa cometer delitos, mesmo que pequenos”, argumenta.