Uma das rodovias com tráfego intenso de caminhões no Paraná, a BR-163, principal ligação do Oeste paranaense com os estados da Região Sul, apresenta problemas de desnível na pista por causa do excesso de cargas. Desde novembro do ano passado, a balança de pesagem em Lindoeste está desativada e sem previsão para voltar a funcionar.
Apesar da desativação, a Polícia Rodoviária Federsal (PRF) informa que tem feito sua parte com operações frequentes de fiscalização. Quando os policiais suspeitam de excesso de cargas, o caminhão é levado para balanças de cooperativas e empresas da região para pesagem. Na última terça-feira, um caminhão que transportava madeira foi apreendido por estar com sete toneladas acima do permitido.
O inspetor da PRF Leandro José Húngaro diz que a polícia pode utilizar qualquer balança para pesagem de caminhões, desde que sejam aferidas pelo Inmetro. Ele ressalta, no entanto, que a reativação da balança torna a fiscalização mais ágil.
A desativação ocorreu em virtude da mudança do comando da fiscalização, que até então era feita pela Polícia Rodoviária Estadual. Como a rodovia passou a ser fiscalizada pela PRF, o Departamento de Estrada de Rodagem (DER) retirou os funcionários que operavam o sistema de pesagem.
Em fevereiro, lideranças de 11 municípios das regiões Oeste e Sudoeste organizaram uma manifestação sobre a ponte do Rio Iguaçu, que divide Capitão Leônidas Marques e Realeza, para cobrar das autoridades a recuperação da rodovia. Uma das reivindicações era a reativação da balança em Lindoeste. "A balança precisa voltar a funcionar porque mesmo que se faça uma recuperação ela se perderia em pouco tempo devido aos caminhões que trafegam com excesso de peso", disse, na época, o prefeito de Capanema, Milton Kafer.