Passados 112 dias em vigor, terminou ontem o horário de verão. Os relógios dos moradores de dez estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do Distrito Federal foram atrasados em uma hora a partir da meia-noite. A medida, que se inicia usualmente em meados de outubro, começou apenas na meia-noite de 5 de novembro do ano passado devido ao uso das urnas eletrônicas. A idéia era evitar que as urnas, programadas pelo horário normal, tivessem de ser novamente ajustadas para o segundo turno das eleições, que ocorreu no fim de semana anterior.
Dessa vez, a medida gerou uma redução de 4% na demanda por energia no horário de pico nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e 4,4% na Região Sul, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico(ONS). A redução, obtida em quase quatro meses, representa cerca de 1.480 megawatts no sistema Sudeste/Centro-Oeste e 440 megawatts no sistema Sul.
Segundo o ONS, a economia na região Sudeste corresponde a duas vezes o consumo de energia de Belo Horizonte no horário de pico. No Sul, a redução representa 2,5 vezes o consumo em horário de pico da cidade de Florianópolis.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967 a mudança no horário foi decretada nove vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos estados atingidos e no período de duração.