Foz do Iguaçu - Um total de 29 mil balões recheados com sementes de árvores nativas da Região Oeste foram soltos ontem ao mesmo tempo em pontos estratégicos dos 29 municípios que compõem a Bacia do Paraná 3. A iniciativa da Itaipu Binacional e das prefeituras lindeiras ao reservatório da usina e aos rios que o integram mobilizou centenas de educadores ambientais e moradores em um ato simbólico pela comemoração do Dia da Árvore.
Com o vento forte, os balões biodegradáveis tomaram o céu, espalhando-se pontualmente às 14h30. As sementes de ipê-roxo, canafístula, aroeira e paineira, entre 15 espécies locais, serão semeadas em um raio de até 30 quilômetros de onde foram lançadas. Algumas, explicam os técnicos, germinarão em poucas semanas, outras poderão levar vários meses até que tenham condições de clima e de solo favoráveis para se desenvolver.
"As árvores têm um papel fundamental no meio ambiente, são uma espécie de ar-condicionado natural. Quem é que em dias de calor não pensa em uma sombra de árvore para se proteger ou deixar o carro?", diz o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu e do Programa Cultivando Água Boa, Nelton Friedrich. Em seis anos, desde as primeiras atividades do projeto sociambiental, a usina e os parceiros plantaram 2,5 milhões de árvores.
Na avaliação do coordenador, muito ainda deve ser feito para a recuperação total e manutenção da Bacia do Paraná 3. Sob os cuidados da binacional estão cerca de 110 mil hectares de vegetação concentrada em refúgios, bosques, unidades de preservação e de mata ciliar. "Donos de propriedades de todo tamanho e usadas para os mais diversos fins tomaram consciência da importância de se refazer e preservar a faixa natural de 30 metros em torno dos mananciais. Mais de 530 quilômetros de cercas também foram instalados nesse período."
Além do programa Cultivando Água Boa, a Itaipu mantém ações de preservação ambiental que permitem a integração da fauna e flora do Lago de Itaipu e do Parque Nacional do Iguaçu. Por meio do Corredor de Biodiversidade Santa Maria, pretende-se conectar os remanescentes de florestas na faixa de 37 quilômetros que se estende do extremo oeste do estado, na fronteira com a Argentina, até o Parque Nacional da Ilha Grande, no Mato Grosso do Sul e Paraguai.
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