Para se adequar a algumas recomendações da Vigilância Sanitária, o Banco de Leite do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná necessita de verba extra para uma reforma, já que os recursos provenientes do poder público permitem apenas manter a estrutura. A informação é do diretor de corpo clínico do HC, Celso Araújo. O dinheiro precisa vir de projetos especiais de financiamento, mas até agora o hospital não conseguiu a aprovação de nenhum deles. "Continuamos tentando", garante Araújo.

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Entre as mudanças necessárias estão a renovação dos equipamentos utilizados para análise e pasteurização do leite, do ionizador da água e uma reforma no espaço físico. O investimento total é estimado em R$ 400 mil.

O serviço oferecido pelo Banco de Leite, acrescenta o diretor, é essencial - uma das prioridades do hospital, pois o leite é utilizado como tratamento terapêutico em bebês prematuros ou filhos de mães portadoras de HIV. "Não existe leite melhor que o do humano para o recém-nascido, é qualidade de vida para esses bebês", afirma a responsável pelo Banco de Leite do HC, Celestina Grazziotin.

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De acordo com Celestina, a defasagem nos equipamentos e estrutura do Banco de Leite não afetam a qualidade da produção no momento, mas pode vir a representar um problema no futuro. "Os bancos de leite de outros hospitais estão se atualizando, e nós não. Precisamos de equipamentos reservas, pois caso ocorra algum problema com os que estão em funcionamento, não podemos interromper o trabalho", explica.

Uma alternativa aos escassos recursos do poder público seria uma parceria com o setor privado, defendida por Celestina. "Existem muitos empresários que abraçaram outras causas e outros bancos de leite, seria interessante se alguma empresa fizesse uma parceria conosco", diz.

Além dos problemas estruturais, os bancos de leite enfrentam freqüentemente dificuldade de encontrar doadoras. "Se compararmos com a doação de sangue, percebemos que praticamente toda a população pode ser um doador, mas no caso do leite apenas uma parcela da população está apta", analisa Celestina. Outro fator agravante é que os doadores de sangue, costumeiramente, o fazem de maneira regular, enquanto que as mulheres que doam leite só podem fazê-lo por um curto período de tempo.

Em média, o Banco de Leite do HC recolhe mensalmente 200 litros de leite, dos quais cerca de 150 litros são aproveitados. O que sobra é descartado por problemas de higiene ou de patologias.

Serviço: Quem tiver interesse em se tornar doadora do Banco de Leite do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná deve entrar em contato pelo telefone (41) 3360-1867.

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