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Eleições 2006

Bancos estrangeiros prevêem segundo turno

Londres – O crescimento da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência nas pesquisas eleitorais é destaque no capítulo dedicado ao Brasil nos relatórios dos bancos de investimentos estrangeiros. Analistas acreditam que cresceu a possibilidade de o candidato tucano enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva num segundo turno e poderá ser reforçada com a divulgação de novos levantamentos de intenção de voto.

Nuno Camara, economista sênior do Dresdner Kleinwort, observa que a pesquisa Vox Populi divulgada na sexta-feira mostrou que a distância entre Lula e Alckmin foi reduzida a 10 pontos. "É uma indicação de que Alckmin continua a se beneficiar de sua maior exposição na mídia", disse Camara. "E como ele terá mais tempo no programa eleitoral gratuito do que Lula, essa distância deve se estreitar ainda mais." Além disso, salientou o analista, a última pesquisa reforçou a aposta de que a eleição irá para o segundo turno, o que até agora era visto como improvável.

Para analistas do banco UBS, apesar de Lula manter uma dianteira confortável, os resultados mais positivos de Alckmin mostram que sua campanha está tendo impacto junto à opinião pública. "A possibilidade de a eleição ir para segundo turno ainda está dentro da margem de erro nessa pesquisa (Vox Populi), por isso vamos monitorar os próximos levantamentos para ver se corroboram esses resultados", afirmaram.

Paulo Leme, economista do Goldman Sachs, acredita que a pesquisa Datafolha que será divulgada esta semana vai confirmar que a vantagem de Lula sobre Alckmin caiu. "Ela confirmará também que é realista assumir que haverá segundo turno. Como Alckmin cresceu em resposta a um tempo limitado na televisão em junho, acreditamos que poderá se sair ainda melhor com o início do programa eleitoral gratuito na tevê", disse Leme.

Cautela petista

No Brasil, aliados de Lula já admitem que a eleição pode ser decidida em dois turnos. O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, diz que "nunca apostou numa vitória no primeiro turno, apesar de essa possibilidade ter existido". "Sempre trabalhamos com a expectativa dos dois turnos. A pesquisa não altera o quadro", afirma o ministro, reproduzindo a tese que vem ganhando corpo na cúpula petista.

O Instituto Vox Populi registrou queda na vantagem de Lula sobre Alckmin de 13 para 10 pontos porcentuais em pesquisa divulgada na semana passada. A diferença entre Lula e a soma dos demais candidatos está dentro da margem de erro, o que não assegura a vitória em primeiro turno.

Aliados defendem ajustes na campanha, que estaria muito centrada no Bolsa-Família, com a divulgação de outros avanços do governo.

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