Rio Dois ministros de Estado tiveram de se jogar ao chão, durante um passeio de trem, para escapar de tiros disparados por traficantes no Rio, na manhã de ontem, na linha férrea em área próxima da favela do Jacarezinho. Os ministros Márcio Fortes (Cidades) e Pedro Brito (Portos) e o secretário de Transportes do Rio, Julio Lopes, acompanhados de jornalistas e convidados, cerca de 70 pessoas, abaixaram-se ou mesmo se jogaram ao chão para se proteger, segundo eles próprios admitiram. Ninguém foi atingido, mas ao menos quatro marcas de tiros podiam ser vistas no trem ao fim da viagem.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que as autoridades foram desaconselhadas a fazer o trajeto de trem, em razão do perigo, mas insistiram no passeio. A Secretaria de Segurança ordenou operação na favela, com 100 homens. Um suposto traficante morreu e três pessoas foram presas.
O ministro das Cidades classificou como "ato episódico" o ataque de ontem. "Nossa missão é de paz. Não ia desmarcar a visita nem ceder a pressões. Já havia estado ali outras vezes, sem seguranças, e não cederia a eventual ameaça", afirmou Fortes. "Sou muito frio nessas situações." Para o ministro, não se tratou de uma retaliação.
O ministro Pedro Brito disse não ter tido tempo de sentir medo e admitiu que, a exemplo de Fortes, se jogou ao chão. "Eu também me joguei, claro. É uma reação natural de cautela que todos devem ter."
Para Beltrame, o ataque foi "um absurdo". "Se derem tiro na polícia, vão levar também." "Não é cabível que um ministro de Estado não possa levar o serviço até aquela comunidade porque ele não pode passar ali que vai ser rechaçado a tiros."
A comitiva com os ministros tinha ido inspecionar obras de revitalização e desobstrução de vias de trem foram removidos 450 barracos que ficavam a menos de um metro da linha da linha férrea que dá acesso ao porto do Rio. O governador do Rio, Sérgio Cabral, participou do evento, mas foi e voltou de helicóptero ao local.
Os tiros começaram após um fotógrafo no trem flagrar um homem com uma pistola à beira da via. Instantes depois, o criminoso disparou contra os vagões. No percurso da volta, devido ao temor de novos ataques, PMs foram postados às janelas armados de fuzis e pistolas, e o maquinista foi orientado a guiar a composição em maior velocidade. Não adiantou.
Quando passaram de novo diante do Jacarezinho, o ataque foi mais intenso e durou mais tempo. Policiais responderam a tiros.
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Maduro fala em usar tropas do Brasil para “libertar” Porto Rico; assista ao Sem Rodeios
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Claudia Leitte e o nome de Jesus: um caso de perseguição religiosa
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora