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Depois de discutir com um segurança do Villa Viola, Leandro volta, armado | Reprodução /TV Paranaense
Depois de discutir com um segurança do Villa Viola, Leandro volta, armado| Foto: Reprodução /TV Paranaense
  • Sem entrar novamente no estabelecimento, ele faz o primeiro disparo
  • Um garçom morreu, outro está na UTI e mais três pessoas já tiveram alta

Um projeto de lei que está tramitando na Câmara de Vereadores pode tornar obrigatória a identificação de clientes em casas noturnas e bares de Curitiba. O projeto do vereador Roberto Aciolli (PV) prevê que estabelecimentos com capacidade para 100 pessoas ou mais deverão exigir documento de identidade e fotografar os clientes. Na segunda-feira, policiais da Delegacia de Homicídios de Curitiba prenderam Leandro Maggioni, 26 anos, acusado de matar o garçom Rodrigo Alves Rodrigues, 29 anos, por volta das 4 horas da manhã, no bar Villa Viola, no bairro Batel. Ele foi preso em casa, em Araucária, na região metropolitana, por volta do meio-dia, a partir da identificação feita quando chegou ao bar. Outras quatro pessoas ficaram feridas.

"Apresentei o projeto por causa de outro crime, em um barzinho na Rua Ébano Pereira com a Rua XV, quando um rapaz matou o segurança", afirmou Aciolli. "Pensei em estabelecimentos com uma aglomeração maior, mas pode até ser feita uma emenda para reduzir a capacidade para casas que comportem 30 ou 40 pessoas", diz. O projeto prevê que as casas noturnas deverão preservar a imagem dos clientes. "A casa não poderá usar as imagens. Se fizer isso, poderá ter o alvará cassado", diz o vereador. O projeto já foi aprovado pelas comissões de Saúde e de Legislação da Câmara. Hoje, deverá ser discutida na Comissão de Serviço Público. Se for aprovado na comissão, deverá ser votado em plenário na próxima semana.

O diretor da Associação Brasileiras de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fabio Aguayo, aprova a iniciativa. "O cadastramento pode evitar muita coisa. Hoje, a segurança é regra", afirma. "O cliente que não quiser fazer cadastramento em uma casa noturna está com má intenção. Hoje muitas casas têm detector de metais, mas não têm detector de maluco", afirma. Segundo Aguayo, cerca de 80 casas noturnas de Curitiba, ou 20% do total de aproximadamente 400, têm alguma forma de cadastro na entrada.

Gilmar Silva, proprietário do Rodeo Country Bar, diz que cumprirá a lei, mas que a obrigatoriedade causará dificuldades. "Tem dias que recebemos até 1,6 mil pessoas. Será meio complicado cadastrar, porque perderemos muito tempo", comenta. "Mas tudo que estiver ao nosso alcance para aumentar a segurança do clientes nós faremos", promete.

O proprietário da casa noturna Santa República (no bairro Santa Felicidade), Marlon Gasparin, diz que já faz um cadastramento. "Temos um sistema único, com cartão, e os clientes têm de se cadastrar. Os dados são fornecidos na entrada. Na saída, o caixa confere com a identidade. Se formos pelo número do cartão, achamos o nome do cliente", explica. Gasparin acha que a nova lei, se entrar em vigor, não será problema. "Quem não tem esse sistema gostaria de ter. Acho que toda casa gostaria de ter mais segurança", afirma.

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