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São Paulo Uma canaleta que dá vazão à água da pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), cedeu e causou um deslizamento de terra. Segundo a Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, a canaleta se rompeu porque o Airbus da TAM que caiu na última terça-feira passou sobre ela antes de bater no prédio da TAM Express. Devido à chuva que atingiu a cidade ontem, a canaleta não agüentou o fluxo de água e acabou cedendo.
O terminal continuou operando normalmente pela pista auxiliar e técnicos da Infraero foram ao local para avaliar o caso. O coronel Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil, disse que a área onde houve o deslizamento deve ser interditada porque ainda há risco. Também será feita uma contenção com lonas no local.
Atraso em obras
Antes disso, a Infraero já havia desistido de liberar a pista principal hoje, que está interditada desde o acidente.
O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse que as fortes chuvas atrasaram a conclusão dos trabalhos de perícia da Polícia Federal na pista do acidente, o que impede a sua liberação.
Pereira afirmou que a pista estará liberada para pousos e decolagens até o fim desta semana, mas evitou estabelecer um novo prazo para a sua reabertura. Segundo o brigadeiro, pelo menos 14 buracos foram abertos na pista em conseqüência do acidente e precisam ser restaurados antes da sua liberação.
Interdição
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) quer sugerir à Infraero que a pista principal de Congonhas fique fechada, dia e noite, a partir de 30 de julho quando termina o período de alta temporada das férias escolares para a realização do grooving (ranhuras na pista). Desta forma, o trabalho seria concluído em 20 dias.
A proposta da Infraero é para que a pista principal seja interditada apenas no período noturno, a partir de agosto. Neste caso, as obras se estenderiam por dois meses.