A base multinacional civil de controle e combate ao narcotráfico e contrabando, no Rio de Janeiro, deve começar a funcionar ainda neste ano. Junto com outras duas bases existentes, em Key West (Flórida, Estados Unidos) e Lisboa (Portugal), a do Rio formaria um tripé de monitoramento. A iniciativa faz parte de um projeto maior, que prevê a criação de um Centro Integrado de Combate ao Narcotráfico (Cicon) em Brasília, já neste primeiro semestre.
Na quarta-feira (31), o Estado revelou que, por sugestão da Polícia Federal, o governo brasileiro discutiu com o comandante do Comando Sul dos EUA, tenente-brigadeiro Douglas Fraser, a criação da base civil no Rio, que deve funcionar dentro das instalações da Marinha. Fraser passou a terça-feira passada em Brasília, onde teve encontros com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.
A base do Rio trabalharia em parceria com o centro de combate ao narcotráfico de Brasília. A ideia é reunir em um mesmo espaço os representantes da Polícia Federal, da Marinha, da Aeronáutica, do Exército e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O Estado apurou que também está nos planos a criação de uma base em Manaus no mesmo molde.
Como a base de Key West combate o tráfico na região do Caribe e a de Lisboa exerce controle sobre o Atlântico Norte, a base do Rio serviria como um posto avançado de monitoramento no Atlântico Sul. Agências internacionais de combate ao narcotráfico e representantes de outros países podem ser chamados para participar do monitoramento, mas o comando continuaria sendo brasileiro.
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