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Brasília – O ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos deve ir ao Congresso Nacional depois da Semana Santa para prestar esclarecimentos sobre o possível envolvimento de dois de seus mais importantes auxiliares no caso de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e o chefe de gabinete de Thomaz Bastos, Cláudio Alencar, estiveram na residência oficial do ex-ministro Antônio Palocci na noite do dia 16 de março. Na mesma noite o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso entregou o extrato do caseiro para Palocci. Goldberg e Alencar já prestaram depoimento para a Polícia Federal e negaram envolvimento na quebra e violação do sigilo do caseiro.

Palocci também negou para a PF que os auxiliares de Thomaz Bastos tenham visto o extrato bancário.

Mesmo assim, a oposição quer explicações sobre o episódio. "O fato de dois assessores importantes estarem de alguma maneira envolvidos faz com que seja absolutamente necessário que ele venha dar explicações", afirmou o líder da Minoria, José Jorge (PFL-PE).

Thomaz Bastos seria convocado a depor no plenário do Senado. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), apresentou nesta semana um requerimento pedindo a convocação do ministro. Mas Thomaz Bastos se antecipou e enviou na quinta-feira ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), um ofício em que se dispõe a falar com os parlamentares.

"Em função de requerimentos apresentados por parlamentares manifestando interesse em meu comparecimento ao Congresso Nacional, (...) manifesto minha disposição em comparecer a qualquer uma das casas do Parlamento em data a ser marcada de acordo com a conveniência do Legislativo", disse o ministro por meio do ofício.

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