Um bazar beneficente em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, estava vendendo óculos de grau e de sol sem controle de qualidade provenientes do Paraguai. A mercadoria, que havia sido apreendida pela Receita Federal, foi repassada para o Provopar e era negociada junto com outros produtos. Médicos oftalmologistas comprovaram que os óculos podem causar danos à saúde.
No bazar, os óculos de grau, que deveriam ser vendidos apenas com receita médica, custam R$ 10, enquanto os de sol são vendidos por R$ 5. Os produtos apreendidos em ações de combate ao contrabando ou fiscalização na alfândega são negociados livremente dentro do prédio do Provopar. Segundo a Receita, o Provopar não pode revender materiais que causam danos à saúde, mas a entidade alega que os óculos não estavam na lista elaborada pela Receita de produtos que não poderiam ser comercializados.
A pedido do telejornal Paraná TV, da RPC TV, o médico Marcos Martins realizou testes com óculos comprados no bazar e constatou irregularidades nos produtos. Enquanto os óculos de sol não protegem contra os raios ultravioletas, os óculos que deveriam servir para corrigir a visão apresentam variações de grau na mesma lente.
A presidente do Provopar em Foz do Iguaçu, Judite Dalcin, reconheceu a falha, mas garantiu que estas mercadorias não serão mais vendidas no bazar.