Agenda
No próximo fim de semana o curitibano conta com algumas opções de bazares:
31/03 e 01/04 Bazar de Importados Afece, com brinquedos, eletrônicos, roupas e perfumes, das 9 às 17 horas.
01/04 Bazar de roupas, calçados e acessórios no churrasco de aniversário do Pequeno Cotolengo. Das 11 às 14 horas.
Além desses, semanalmente ocorrem bazares no:
Pequeno Cotolengo: de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 13 às 15 horas acontece o bazar de móveis e eletrodomésticos. Às quartas-feiras tem o bazar de roupas das 12h às 14h e na segunda 4ª feira do mês, das 9 horas às 11h30 e das 13h15 às 15 horas.
Afece: toda quarta e sexta-feira das 8h às 17h e todo segundo sábado do mês.
Rede Solidária: todas as quartas-feiras das 9h às 17h e no primeiro e terceiro sábado do mês das 9h às 13h.
Melhor uso
Rede vende móveis velhos de imóveis recém adquiridos
Televisores, máquinas de lavar, brinquedos, roupas, livros, fitas VHS e móveis, muitos móveis. Os bazares realizados pela Rede Solidária acontecem todas as quartas-feiras e no primeiro e terceiro sábado do mês. O diferencial em relação a outros bazares está na fonte de seus produtos.
Originário da união de oito imobiliárias de Curitiba, o projeto Rede Solidária surgiu quando os funcionários constataram a dificuldade encontrada pelos seus clientes em se desfazerem de objetos que não seriam utilizados no imóvel recém-comprado, vendido ou alugado. Montaram então uma organização que arrecada móveis, roupas, eletrodomésticos, brinquedos e outros objetos e depois os vende em um bazar beneficente.
O lucro alcançado com esses bazares ao longo do semestre é somado e então dividido entre quatro instituições: Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial (Afece), Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), Hospital Pequeno Príncipe e Sociedade de Socorro aos Necessitados. "O volume de recursos doados às 4 instituições em 2011 foi de R$ 114 mil", conta Fátima Galvão, responsável pelos bazares da Rede Solidária.
Localizada no Tarumã, a Rede busca as doações no local. Além dos bazares fixos, a instituição promove periodicamente os itinerantes, com roupas, calçados e artigos de decoração sendo vendidos em espaços cedidos por comerciantes ou pessoas da sociedade civil. O último foi realizado na Travessa Tobias de Macedo, no Centro de Curitiba, e arrecadou cerca de R$ 5 mil.
Apesar de as mídias sociais estarem sendo cada vez mais utilizadas pelo terceiro setor, é a velha e boa venda de produtos novos e usados que movimenta os barracões e o caixa dos locais especializados em ajudar o próximo. Sejam eles de frequência diária ou semestral, os bazares espalham-se por Curitiba e fazem bem ao bolso de quem vende e de quem compra.
O bazar é uma das maneiras mais baratas de arrecadação, diz Ana Lucia Jansen de Mello de Santana, coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos do Terceiro Setor (Nits) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Apesar do custo-benefício baixo, é a forma mais simples de se obter algum resultado. Não exige muito planejamento, menos ainda de um projeto para buscar apoio, principalmente humano, porque desperta bastante o interesse das pessoas em ajudar", afirma. Segundo a pesquisadora, essa ajuda vem tanto em forma de mão de obra, quanto de doações.
Diretor do Pequeno Cotolengo, entidade que acolhe pessoas com deficiências múltiplas em situação de vulnerabilidade social, o padre Rodinei Thomazella diz que os bazares promovidos pela instituição são um símbolo da solidariedade das pessoas justamente por serem compostos exclusivamente de doações. "A cada dia buscamos meios de dar amor e qualidade de vida aos nossos moradores e este é um deles. Algo que não nos serve mais juntado a uma pitada de carinho, transforma-se em algo útil e beneficente", diz.
As vendas do Pequeno Cotolengo acontecem de segunda a sexta-feira com o bazar de móveis, utensílios e eletrodomésticos. Já as roupas, calçados e acessórios são vendidos na quarta-feira.
Outra instituição que promove bazares semanais é a Afece, Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial. Toda quarta e sexta-feira, das 8 às 17 horas, produtos como roupas, sapatos e acessórios seminovos estão à disposição da comunidade a preços baixos.
A coordenadora do Nits salienta que além de fomentar a solidariedade, os bazares beneficiam também a comunidade do entorno dessas instituições. "Há essa relação de familiaridade e vizinhança entre o pequeno doador de recursos e a organização que recebe. O bazar aproxima a comunidade", ressalta Santana.
Oportunidades
Em tempos de mídias sociais, em que contatos e relações podem ser feitos utilizando apenas a via web, tem quem não troque por nada o contato cara a cara, olhos nos olhos. Ana Lucia de Santana acredita que as mídias sociais são uma forma qualificada de buscar sustentação, que se somam às ações de arrecadação já existentes.
Entre os frequentadores assíduos dos salões do Pequeno Cotolengo está o técnico em eletrônica Paulo Cesar da Silveira, de 48 anos. Ele vai três vezes por semana no bazar em busca de produtos para uso próprio e para consertar e revender. "Aqui sempre tem preço bom", diz.
Alternativa
Repasse de carga apreendida aumenta lucro de ONGs
Entre os bazares que geram mais recursos às instituições estão os que oferecem produtos apreendidos pela Receita Federal. Para receber este tipo de doação, é necessário que a entidade interessada envie um pedido para a Receita anexando os documentos listados na Portaria 282/2011, do Ministério da Fazenda. Quando se enquadra em todos os requisitos, a Receita faz a doação de acordo com um limite de valor dos produtos.
As entidades sem fins lucrativos que receberem estas doações poderão vender em feiras, bazares ou similares desde que emitam recibos que listem as mercadorias e quantidades vendidas e quem as comprou. Por isso existe a exigência de um documento, como RG ou CPF, sempre que o bazar tiver produtos apreendidos pela Receita Federal. Se a documentação entregue ao órgão estiver correta, a instituição entra em uma fila para poder receber outras doações.
A assistente social Ana Cláudia Fontana França garante que vale a pena seguir essas e outras exigências do órgão. Coordenadora da campanha de arrecadação de recursos para a construção da nova sede do Lar Escola Dr. Leocádio José Correia, França aponta que nos bazares que contam com esses produtos o lucro final chega a triplicar. O Lar conta também com roupas novas e usadas doadas e produtos novos de ponta de estoque cedidos por lojas.
Serviço
Receita Federal
Encontre mais informações de como obter as doações de produtos apreendidos pela Receita Federal para sua organização pelo site www.receita.fazenda.gov.br/DestinacaoMercadorias/Doacoes/Orienta/defaultorienta.htm
Fonte: Receita Federal.
* * * * *
Serviço
Ligue que eles buscam
Doe roupas, calçados, acessórios, móveis, brinquedos, eletrodomésticos e alimentos. Estas entidades coletam doações no local:
Afece. Rua Paulo Turkiewicz, 668 Tarumã. Telefone: (41) 3366-5212.
Pequeno Cotolengo. Rua José Gonçalves Junior, 140 Campo Comprido. Telefone: (41) 3314-1900.
Rede Solidária. Rua Raul Joaquim Quadros Gomes, 493 Tarumã. Telefone: (41) 3079-1790.
Lar Escola Dr. José Leocádio Correia. Rua José Antônio Leprevost, 331 Santa Cândida. Telefone: (41) 3357-0002.
Fonte: organizações consultadas.
-
Deputados da segurança criticam "imposto do pecado" sobre armas e defendem liberdade de posse
-
Rodovia de acesso à serra gaúcha volta a sofrer com rachaduras e ondulações
-
Parlamentares de estado “campeão” de violência não apresentaram emendas para segurança em 2023
-
Maduro diz que terá vitória que “vai assombrar o mundo inteiro” nas eleições
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião