O bebê de 1 ano e 2 meses que foi agredido pela patroa de sua mãe, em Jundiaí, a 58 quilômetros de São Paulo, teve alta do hospital nesta sexta-feira (20) e, segundo os médicos, não terá sequelas das agressões.
Na manhã desta sexta, ele havia deixado a UTI onde estava internado desde quarta-feira (18). Por volta do meio-dia, um médico que o visitou no quarto decidiu liberá-lo.
A criança havia sido internada com traumatismo craniano, escoriações, queimaduras e hematomas por todo o corpo, principalmente nas costas, cabeça e rosto. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Universitário de Jundiaí, o garoto ainda está com hematomas e escoriações, mas pode ser tratado em casa, não precisa ficar no hospital. A mãe do menino recebeu recomendações de como cuidar dele em casa.
Fotos tiradas por policiais mostram que o menino estava sendo torturado havia vários dias. Ele teve os cabelos raspados e há marcas nas costas, cabeça e rosto. Desde a tarde da quinta-feira (19), segundo a assessoria do hospital, o bebê havia voltado a andar e já balbuciava alguns sons.
Valdecina Alves de Almeida, de 33 anos, confessou ter agredido a criança e a mãe do bebê, de 19 anos, que trabalhava como babá para ela. Nesta sexta, Valdecina foi transferida da Cadeia Pública de Itupeva, a 73 km de São Paulo para a Penitenciária Feminina de Campinas, a 93 km da capital paulista. A transferência de Valdecina foi pedida na tarde de quinta-feira pela delegacia, após um tumulto entre as detentas da cadeia, que não queriam a presença da mulher no local.
Segundo a polícia, ela deve responder pelos crimes de tortura, cárcere privado, tentativa de homicídio e lesão corporal. A filha da agressora foi encaminhada para o Conselho Tutelar da cidade. O caso foi descoberto somente na quarta porque a agressora levou a criança, em estado grave, até o hospital.