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Bebê espera 48 horas por leito de UTI no Sudoeste do Paraná

Um bebê de 39 dias aguardou 48 horas por uma vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica na região Sudoeste do Paraná. A criança, que estava com bronquiolite, necessitava de atendimento de uma UTI pediátrica. Esse é o terceiro caso de falta de leitos registrado nesse mês de julho. “Nós aqui fazemos o que é possível. Oferecemos todo o cuidado do nosso hospital, do corpo clínico e enfermeiros. Chegamos até a brigar no telefone de tanto insistir por vagas, enquanto nossas crianças correm risco e precisam de uma vaga em UTI”, lamenta o médico Marcelo Scabeni.

No sábado (11), outra criança do município fraturou o crânio e também houve dificuldades de encontrar vagas. Esse caso acabou sendo encaminhado para a Policlínica Pato Branco. No dia 4 de julho, um recém-nascido de Candói aguardou três dias no oxigênio por uma vaga. Depois de muita espera, com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e de um helicóptero do governo do estado, o paciente foi transferido para Toledo. A região Sudoeste possui apenas três UTIs credenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, duas delas são neonatais: uma no Hospital Regional de Francisco Beltrão e uma no Hospital São Lucas ,em Pato Branco, para crianças de zero a 28 dias. Apenas no hospital Policlínica Pato Branco a UTI para pacientes de 28 dias até 12 anos.

O chefe da 7ª Regional de Saúde, Nestor Werner Júnior afirmou que tem acompanhado os casos, mas que a região possui 252 mil habitantes e o número de leitos está dentro do que exige o Ministério da Saúde. “Veja que o valor subfinanciado pelo SUS está há mais de 10 anos sem correção, R$ 478 a diária de uma UTI [frente a um custo de R$ 1.150], e os hospitais de Pato Branco querem fechar leitos [por estarem] demonstrando prejuízos frequentes”, afirmou Werner Júnior. O chefe da Regional confirmou que existem momentos de pico durante o ano, em que podem acontecer falta de leitos.

Scabeni afirmou que a preocupação é de todos os colegas pediatras. “Fico preocupado, por que são muitos casos em poucos dias. Vejo pais e famílias aqui apreensivos pela vida de seus filhos. Felizmente esse último caso, a criança se recuperou. Mas durante várias horas ela necessitava de tratamento intensivo e não tínhamos como oferecer”, finalizou o médico que atende em Chopinzinho.

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