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Um bebê curitibano, com apenas sete dias de vida, morreu nesta sexta-feira (8), na Maternidade Mater Dei, em Curitiba, em virtude à infecção provocada por escoriações e necrose na região do ânus, provocadas pela possível violação sexual (o Instituto Médico Legal, responsável pela necrópsia, até o início da noite desta segunda-feira ainda não havia confirmado oficialmente o abuso).

Suspeitos foragidosOs principais suspeitos de terem praticado o possível abuso são os próprios pais da criança, que estão foragidos depois que a Justiça decretou, na sexta, a prisão provisória deles. Na casa do casal, no entanto, os policiais encontraram alguns materiais usados em práticas sadomasoquistas.

Na quinta-feira (7), policiais do 1.º Distrito ouviram o pai, que trabalha como assessor parlamentar e tem 31 anos. "O pai se recusava a falar do caso. Não esclareceu nada", afirma Joana Novak, escrivã-chefe do 1.º Distrito.

A mãe, uma secretária de 29 anos, também foi ouvida. "Ela alternava momentos de choro com risos", contou Joana. O casal, segundo a escrivã, tem mais dois filhos (um do pai e outro da mãe, concebidos em outros casamentos dos dois). As crianças, porém, não vivem com os acusados.

Na sexta-feira, com a morte da criança, o pai, a mãe e a avó materna tentaram impedir que a polícia levasse o corpo do bebê para a autópsia do IML, em mais uma atitude suspeita para os investigadores da polícia.

Apresentação do casalNesta segunda-feira (11), um advogado que falava em nome dos acusados, procurou os policiais do 1º Distrito para negociar uma possível apresentação do casal, mas até o início da noite desta segunda os pais continuavam foragidos.

CrimesA Polícia Civil ainda informa que depende do laudo do IML para poder qualificar o crime. Duas hipóteses estão sendo levantadas: a de se classificar o suposto abuso como lesão corporal seguida de morte ou de ato libidinoso. No primeiro caso, a pena prevista pelo Código Penal é de 4 a 12 anos de cadeia. No segundo, de 6 a 10 anos.

Mais investigaçãoAlém da Delegacia do 1º Distrito, o caso também está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e pode ser encaminhado para o Núcleo da Criança e do Adolescente (delegacia especializada no atendimento a crianças vítimas de crimes). Isso dependerá, porém, de uma decisão da Secretaria Estadual de Segurança Pública.

NotaO TudoParaná juntamente com a Gazeta do Povo decidiram não publicar os nomes dos suspeitos em virtude de o abuso ainda estar sendo tratado como um suposto crime e em razão da gravidade das denúncias contra os pais do bebê.

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