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Pais protestaram na frente da creche | Christian Rizze / Gazeta do Povo
Pais protestaram na frente da creche| Foto: Christian Rizze / Gazeta do Povo

A Secretaria Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, passou a investigar ontem a causa da morte de um menino de 1,4 ano que teria sido picado por um animal peçonhento no início da semana. O mesmo teria acontecido com uma menina de 3 anos, internada desde a manhã de ontem com sintomas semelhantes. Os dois frequentavam o Centro de Educação Infantil Dom Olívio Fazza, no bairro Porto Belo, na região norte da cidade. Suspeita-se que possam ter sido picados por um escorpião ou por uma aranha armadeira.

Segundo o secretário de Saúde, Alexandre Kraemer, as duas crianças foram atendidas na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas e encaminhadas ainda em boas condições para o Hospital Municipal (HM), onde receberam o antídoto adequado. "Como não é possível afirmar que tipo de animal picou os dois, eles receberam a medicação genérica indicada para esse tipo de caso. Quando se trata de criança, venenos de animais ou até mesmo a picada de uma abelha ou de uma formiga costumam evoluir muito rápido e podem ser letais", explicou.

O menino, o primeiro a apresentar febre, dor e inchaço em um dos pés, passou três vezes pela UPA. Na quarta-feira foi levado ao hospital onde recebeu tratamento especializado, mas não resistiu e morreu na madrugada de ontem. A menina, com quadro estável, continuava internada na UTI até o final da tarde de ontem. "Registros de picadas por escorpião ou mesmo aranhas armadeiras são raros na cidade. Atendemos casos de pessoas feridas em Puerto Iguazú, na Argentina", comentou Kraemer ao anunciar que também será instaurado procedimento para saber se houve negligência médica.

Familiares do menino e moradores do bairro fizeram um protesto pedindo justiça para o caso. "Seria muita coincidência se tivessem sido picados em casa, já que os dois eram coleguinhas de sala", aponta a tia do garoto, Cleci de Souza. Técnicos do Centro de Controle de Zoonoses farão varreduras para tentar identificar onde e que tipo de animal teria provocado o ataque. O laudo deve ser concluído em 72 horas.

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