Ponta Grossa A falta de vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, fez com que a empregada doméstica Vilmara da Luz de Oliveira, 28 anos, tivesse seu filho prematuro seis dias depois da bolsa ter rompido. O parto estava sendo inibido com medicamentos desde terça-feira passada para esperar a abertura de uma vaga já que, por ser prematura e estar com hidrocefalia (presença de líquido no crânio), a criança precisaria ir direto para a UTI.
Mas Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, único hospital com UTI neonatal, tem apenas seis leitos destinados ao SUS e todos estão ocupados. A criança acabou nascendo sem conseguir sua vaga e está internada. Médicos do hospital e o Ministério Público Estadual se mobilizaram para tentar achar um leito vago na cidade ou até fora dela. "O hospital não teve culpa, estavam fazendo o que podiam", disse Carolina Gonçalves Oliveira, mãe de Vilmara.
Em situação parecida, Ana Cristina Alves, 34 anos, chegou a maternidade ontem, com 8 centímetros de dilatação, mas de gestação próxima aos sete meses, e também precisa de um vaga na UTI neonatal. Ela comenta que se sente assustada por ser seu primeiro filho e nunca ter passado por uma situação parecida, mas vê como única solução colocar nas mãos de Deus.
O promotor de Justiça Fuad Farah, do Ministério Público, diz que, segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, Ponta Grossa tem leitos suficientes para atender a população infantil local.
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