O traficante Fernandinho Beira-Mar está sendo examinado por uma comissão técnica da penitenciária federal de segurança máxima em Catanduvas, Região Oeste do Paraná, desde terça-feira, quando chegou à unidade. A comissão é composta por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais.

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A mesma avaliação será feita em todos os presos que forem transferidos para a penitenciária. De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a avaliação é feita para classificar os presos e definir as regras que serão adotadas na rotina de cada um.

Nestes primeiros dias em Catanduvas, Beira-Mar tem tido duas horas de banho de sol. Vestido com um uniforme azul, o traficante, segundo o Depen, fica andando no pátio durante esse tempo. Diariamente Beira-Mar faz três refeições, todas elas dentro da cela de sete metros que ocupa. A refeição não é preparada dentro da unidade e sim por uma empresa terceirizada.

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Além da avaliação médica, toda a situação jurídica e social de Beira-Mar está sendo levantada. Ainda de acordo com o Depen, o comportamento do traficante em outros presídios pode, por exemplo, provocar restrições na penitenciária de Catanduvas. Um telefone celular infiltrado por agentes da Polícia Federal (PF) teria sido o responsável pela transferência de Fernandinho Beira-Mar para Catanduvas, segundo uma reportagem publicada ontem pelo site Folha de S.Paulo Online. De acordo com o jornalista Iuri Dantas, a polícia destacou um policial para dividir a cela com Beira-Mar em Brasília. O policial foi preso como se fosse um bandido comum e, para facilitar a apuração sem chamar a atenção, levou um celular para a cadeia. Em pouco tempo, o telefone caiu nas mãos de Beira-Mar. Segundo a polícia, foi fácil registrar as conversas do traficante com os remanescentes da quadrilha que ainda estão soltos.

O Ministério da Justiça espera, segundo o jornal "O Globo", que ainda neste mês outros presos sejam levados a Catanduvas. Não está descartada a transferência de chefes do PCC, facção criminosa responsável por atentados em São Paulo.