O traficante Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, deixou sua cela na penitenciária federal de Campo Grande convencido de que será condenado, por sete votos a zero, no julgamento a que será submetido nesta terça-feira (10) no 1º Tribunal do Júri da capital de Mato Grosso do Sul. A informação foi dada por agentes penitenciários que fizeram a escolta do preso. O próprio advogado de Beira-Mar, Wellington Correa da Costa, disse que seu cliente sabe das dificuldades deste julgamento, tanto que lhe recomendou apenas que fizesse o melhor que pudesse.

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A sessão atrasou porque os advogados de defesa - além de Costa irá atuar Luiz Gustavo Battaglin Maciel - conseguiram do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida o direito de conversar por quinze minutos em particular com o preso para prepará-lo para o interrogatório ao qual será submetido pelo magistrado. Ao entrar no plenário, Beira-Mar pediu ao juiz que retirasse suas algemas e seu colete a prova de bala, no que foi atendido.

Ele chegou ao fórum num comboio de 16 carros que foi acompanhado por um helicóptero. Cerca de 300 homens fazem a segurança em torno do plenário do tribunal, ao qual só terão acesso pessoas cadastradas. Jornalistas esperam em outra sala, assistindo ao que se passa no prédio ao lado por um telão.

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Beira-Mar é acusado de ter mandado presos da penitenciária estadual de segurança máxima de Campo Grande matarem seu inimigo João Morel, em janeiro de 2001. Pela acusação de homicídio qualificado - por motivos torpes e sem chance de defesa da vítima - Beira-Mar, que já tem mais de cem anos de pena em outros processos, poderá ser condenado a uma nova pena de no mínimo 12 anos e no máximo 30 anos.