O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse na manhã desta terça-feira (14) que o fato de um oficial que ocupava o cargo de subcomandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) não vai mudar a visão da secretaria que apoia as investigações do Ministério Público no desvio de condutas. O subcomandante do Bope, major Marcelo de Castro Corbage, além de outro seis policiais, incluindo um outro major, um capitão, um cabo e dois soldados foram afastados da tropa de elite da PM acusados de apreender e não apresentar R$ 1,8 milhões de traficantes durante uma operação no Morro da Covanca, na Praça Seca, Jacarepaguá.
“O que me interessa é que temos que dar resposta. Se a pessoa é subcomandante ou se ele é soldado isso não interessa. O que interessa é que o desvio de conduta tem que ser identificado, tem que ser vista a materialidade do caso, a autoria e caso comprovado a expulsão tem que ser feita. Punir nunca foi problema para nós seja no Bope ou em batalhões ou na Polícia Civil”, disse o secretário.
Beltrame, que ontem visitou a Unidade de Polícia Pacificador (UPP) do Morro da Providência durante o 5º Encontro de Proximidade com a população do morro disse entender que a tropa de elite da PM não pode ser atingida com a exclusão de seis homens.
“São seis homens. Eu entendo que a tropa de elite continua sendo a tropa. Não podemos misturar. É uma instituição conhecida no mundo inteiro e o que a temos que fazer, o que a corregedoria tem feito é extirpar essas pessoas de dentro da corporação. Não dá para fazer um julgamento generalizado. A corregedoria da PM vem me mostrando que trabalha com sigilo e ao final será mostrado um resultado com muita transparência”, ressaltou.
Os seis militares do Bope foram afastados suspeitos de terem desviados R$ 15 milhões que foram apreendidos durante operação no Morro da Covanca. Os seis estão agora do Departamento Geral Administrativo da PM (DGP) conhecido com geladeira.