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O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou nesta terça-feira (12 que “por enquanto não tem nenhuma informação” que policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora das comunidades da Coroa, Fallet e Fogueteiro facilitaram ou foram coniventes com a invasão de traficantes à Coroa, na noite da última sexta-feira (8).

“A polícia naquela noite não entrou dentro da Coroa evidentemente para não trocar tiro à noite porque não sabia efetivamente onde essas pessoas estavam e a gente tem que trabalhar sempre dentro de uma política de redução de dano”, disse Beltrame, ressaltando que a corregedoria da PM está atenta a desvios nestas e em outras comunidades pacificadas.

Segundo Beltrame, a invasão do fim de semana foi comandada pelo traficante Fu da Mineira, do Comando Vermelho, foragido após, em 2013, receber benefício de Visita Progressiva ao Lar (VPL) e deixar o presídio em Porto Velho (RO) onde cumpria pena de 89 anos de reclusão.”Se eu tivesse 90 anos de condenação, eu também não voltaria (para a cadeia)”, disse Beltrame.

Durante cerimônia de entrega de prêmios relativos ao sistema de metas da Secretaria de Segurança, Beltrame declarou ainda que ações de traficantes vinham sendo mapeadas em outras comunidades pela inteligência da polícia. “Esse fim de semana, infelizmente não conseguimos antecipar. O que a gente consegue antecipar, a gente consegue neutralizar”, disse.

A ocupação das comunidades pacificadas da região de Santa Teresa vem, desde sábado (9) sendo realizada por agentes do Comando de Operações Especiais (COE), enquanto PMs da UPP patrulham os acessos às favelas. A ação não tem data para terminar, adiantou o secretário. Ao todo, em três dias, os tiroteios na região deixaram seis mortos e cinco feridos.

Ainda durante a cerimônia, Beltrame defendeu a política de pacificação, comparando a implantação das UPPs a um filme. “O filme, se os senhores verem, é muito bom. Só que muitas vezes as pessoas não querem ver o filme, as pessoas querem extrair do filme algumas fotos. E é óbvio que em um filme de sete anos, nós vamos ter fotos, vamos ter episódios que não são bons”.

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