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Rocha Pombo, Brasílio Iti­­berê, Santos Andrade, Hu­­go Simas, Bento Mu­­nhoz da Rocha Neto. Es­­ses são apenas alguns dos nomes de uma extensa lista de personalidades históricas que nasceram no litoral do estado e cujos nomes estão imortalizados em ruas, avenidas, monumentos, praças e instituições, de Curitiba e outras cidades paranaenses. Foram políticos, jornalistas, artistas, historiadores e professores que entraram para a História do Paraná e do Brasil por se destacarem artística, intelectual e politicamente. Em comum, esses "caiçaras" foram contemporâneos, nascidos entre a primeira metade do século 19 e início do século 20.

O historiador Wilson Maske, professor de História da Pontifícia Universidade Católica de Curitiba, explica que até a primeira metade do século 19, a Vila de Paranaguá, que pertencia à província de São Paulo, era a principal cidade do litoral paranaense. A ligação com o mar facilitava o acesso ao restante do Brasil Imperial, sobretudo ao Rio de Janeiro, capital e centro da vida cultural, política e econômica do país. "Além do cosmopolitismo, a localização geográfica de Paranaguá a colocava em uma posição muito favorável para atividades portuárias e comerciais, atraindo e fixando na região muitas pessoas e famílias tradicionais, abastadas e influentes", diz Maske.

Muitas das personalidades que hoje dão nome a ruas, praças e monumentos na capital eram filhos dessas famílias endinheiradas, que deixavam Paranaguá e outras vilas próximas, como Morretes, para estudar no Rio de Janeiro, em São Paulo e até mesmo no exterior. Foi o caso do compositor Brasílio Itiberê da Cunha, formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, e Antônio Alves de Araújo, o Comendador Araújo, que ainda jovem deixou Morretes para diplomar-se em leis na Alemanha.

O cenário começa a mudar a partir de 1853, quando o imperador D. Pedro II assina uma lei desmembrando toda a região do Paraná da província de São Paulo. Curitiba é escolhida capital da nova província. A abertura de estradas, a criação da estrada de ferro Paranaguá-Curitiba e, sobretudo, o fervilhar da indústria da erva-mate, impulsionaram definitivamente o desenvolvimento da capital e o processo de colonização, deslocando o centro de poder do litoral para o planalto paranaense. "As elites política, cultural e econômica de Curitiba foram formadas, basicamente, pelas famílias ricas e tradicionais da Lapa, de Castro e do litoral do estado, que se estabeleceram na capital e dedicaram-se à indústria ervateira e à vida política.", observa Maske.

1849 - Ildefonso Pereira Corrêa, o Barão do Cerro Azul

Nasceu: 06/08/1849 - Paranaguá

Morreu: 20/05/1894 – Morretes

O Barão do Cerro Azul foi grande produtor e exportador de erva-mate. Político e um dos fundadores da Associação Comercial do Paraná, o barão foi morto em 1894, durante a Revolução Federalista

1905 - Bento Munhoz da Rocha Neto

Nasceu: 17/12/1905 - ParanaguáMorreu: 12/11/1978 – Curitiba

Governador do Paraná por duas vezes, Bento Munhoz da Rocha Neto foi um dos políticos de maior destaque e prestígio do estado, responsável por grandes feitos durante a sua gestão entre os quais, a fundação da Copel e doTeatro Guaíra e a idealização da Biblioteca Pública do Paraná e do Centro Cívico.

1842 - José Pereira dos Santos Andrade

Nasceu: 09/04/1842 - Paranaguá

Morreu: 15/06/1900 – CuritibaSantos Andrade formou-se em Direito em Recife. De volta ao Paraná, assumiu o cargo de promotor público em Antonina. Foi presidente do Paraná por duas vezes.

1803 – Antônio Alves de Araújo, o Comendador Araújo

Nasceu: 06/11/1803 - Morretes

Morreu: 22/04/1887 – Palmeira

Antônio Alves era filho de família abastada do litoral, diplomando-se em leis na Alemanha. No retorno a Morretes, dedicou-se a indústria da erva-mate e, mais tarde, ingressou na Política. Foi vice-presidente da Província do Paraná.

1836 - Manoel Alves do Araújo, o Conselheiro Araújo

Nasceu: 19/03/1836 - Morretes

Morreu: 11/12/1908 – Rio de Janeiro

Irmão de Antônio Alves de Araújo, Manoel seguiu o caminho comum aos jovens filhos de famílias ricas da região litorânea, formando-se em Direito e ingressando na política. Foi presidente da Província de Pernambuco.

1839- Manoel Eufrásio Correia

Nasceu: 16/08/1839 - Paranaguá

Morreu: 04/02/1888 – Recife

O parnanguara Manoel Eufrásio formou-se em Direito em Recife, onde foi promotor público, deputado provincial e presidente da Província de Pernambuco.

1842 - José Pereira dos Santos Andrade

Nasceu: 09/04/1842 - Paranaguá

Morreu: 15/06/1900 – Curitiba

Santos Andrade também formou-se em Direito em Recife. De volta ao Paraná, assumiu o cargo de promotor público em Antonina. Foi presidente do Paraná por duas vezes.

1844 - Júlia da Costa

Nasceu: 01/01/1844 - Paranaguá

Morreu: 02/07/1911 – São Francisco do Sul – SC

Julia da Costa é considerada a primeira poetisa paranaense. Mulher forte e decidida, Julia utilizou-se de pseudônimos como "sonhadora" e "americana" para publicar os livro Flores Dispersas 1 e 2. Depois de casada, mudou-se para São Francisco do Sul-SC, onde permaneceu até a morte.

1846 - Brasílio Itiberê da Cunha

Nasceu: 01/08/1846 - Paranaguá

Morreu: 11/08/1913 – Berlim

Brasílio Itiberê foi pianista e compositor talentoso e renomado. Formou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e seguiu carreira diplomática.

1849 - Ildefonso Pereira Corrêa, o Barão do Cerro Azul

Nasceu: 06/08/1849 - Paranaguá

Morreu: 20/05/1894 – Morretes

Barão do Cerro Azul foi grande produtor e exportador de erva-mate. Político e um dos fundadores da Associação Comercial do Paraná, o barão foi morto em 1894, durante a Revolução Federalista.

1849 - Celso Itiberê da Cunha, o Monsenhor Celso

Nasceu: 11/09/1849 - Paranaguá

Morreu: 11/07/1930 - Curitiba

Irmão de Brasílio Itiberê, Celso Itiberê da Cunha demonstrava profunda ligação ao evangelho de Jesus Cristo desde a infância. Ainda jovem ingressou no Seminário, tornado se um sacerdote católico de grande prestígio.

1856 - Cândido Ferreira de Abreu

Nasceu: 02/08/1856 - Paranaguá

Morreu: 22/02/1919 – Curitiba

Cândido de Abreu foi prefeito de Curitiba e senador durante a República Velha.

1857 – José Francisco da Rocha Pombo

Nasceu: 04/12/1857 - Morretes

Morreu: 26/06/1933 – Rio de Janeiro

Rocha Pombo foi jornalista, historiador e poeta. Abolicionista e republicano fundou em 1879 o jornal "O Povo", em Morretes. Também foi membro da Academia Brasileira de Letras.

1874 - Nilo Cairo da Silva

Nasceu: 12/11/1874 - Paranaguá

Morreu: 06/06/1928 – Rio de Janeiro

Cairo é considerado o criador intelectual da Universidade do Paraná, futura Universidade Federal do Paraná.

1878 - João Turin

Nasceu: 21/09/1878 - Morretes

Morreu: 09/07/1949 – Curitiba

Pintor e escultor, João Turin é autor de várias obras em locais públicos de Curitiba e outros municípios do Paraná. Na capital, suas obras estão na Casa João Turin, no Centro Histórico.

1879 - Joaquim Américo Guimarães

Nasceu: 04/11/1879 - Paranaguá

Morreu: 30/08/1917 - Curitiba

Joaquim Américo foi o fundador do International, clube que, em 1912, fez fusão com o América para originar o Atlético Paranaense.

1883 - Hugo Gutierrez Simas

Nasceu: 23/10/1883 - Paranaguá

Morreu: 27/10/1941 – Rio de Janeiro

Hugo Simas foi um jurista notável que ocupou o cargo de procurador-geral no Ministério Público do Paraná e desembargador no Superior Tribunal de justiça do estado.

1904 – Theodoro De Bona

Nasceu: 11/06/1904 - Morretes

Morreu: 20/09/1990 – Curitiba

Theodoro de Bona é reconhecido nacional e internacionalmente por suas pinturas. De Bona participou de importantes pinturas na Europa, onde morou durante algum tempo. Sua obra mais expressiva é a Via Sacra que pode ser vista na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto, no Centro Histórico de Morretes.

1905 - Bento Munhoz da Rocha Neto

Nasceu: 17/12/1905 - Paranaguá

Morreu: 12/11/1978 – Curitiba

Governador do Paraná por duas vezes, Bento Munhoz da Rocha Neto foi um dos políticos de maior destaque e prestígio do estado, responsável por grandes feitos durante a sua gestão entre os quais, a fundação da Copel e doTeatro Guaíra e a idealização da Biblioteca Pública do Paraná e do Centro Cívico.

1911 - Erbo Stenzel

Nasceu: 17/12/1911 - Morretes

Morreu: 23/07/1980 – Curitiba

Importante escultor paranaense, Erbo Stenzel é autor do Homem Nu e de parte do painel que retrata a saga dos colonizadores e os ciclos econômicos do Paraná, na Praça 19 de Dezembro, no centro da capital. A casa onde viveu e trabalhou em Curitiba foi doada pela família e virou um centro cultural no Parque São Lourenço, com vários trabalhos do artista em exposição permanente.

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