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Curitiba – O depoimento de ontem do advogado Roberto Bertholdo ao delegado da Polícia Federal, Pedro Ribeiro Alves, teve três horas e meia de duração. Nenhum jornalista teve acesso à sala do interrogatório, na sede do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil, (Cope), em Curitiba. De acordo com a última edição da revista Veja, Bertholdo seria um dos responsáveis por repassar dinheiro dentro do suposto esquema de "mensalão" a 55 dos 81 deputados federais do PMDB.

O advogado era assessor do ex-líder do PMDB na Câmara, o paranaense José Borba, que renunciou ao mandato no ano passado durante as investigações da CPI dos Correios. Bertholdo também foi conselheiro da hidrelétrica de Itaipu e é acusado de intermediar negociações para que o apresentador de tevê Ratinho promovesse o governo Lula.

Prisão

Bertholdo está preso há quatro meses sob a acusação de ter instalado escutas nos telefones do juiz federal Sérgio Moro, da 2a. Vara Federal Criminal de Curitiba. Ele também foi denunciado pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A assessoria de imprensa do relator da CPI, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), informou que na próxima quinta-feira a CPI se reúne para decidir se investiga ou não as novas denúncias publicadas na revista.

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