Brasília Depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que cobrou explicações do deputado Ricardo Berzoini para a "burrice" do dossiê, o presidente licenciado do PT e ex-coordenador da campanha à reeleição negou ontem, em depoimento à Polícia Federal, participação na compra do dossiê Vedoin, que tinha o objetivo de comprometer candidaturas do PSDB.
Ele disse que só soube do dossiê depois da publicação do caso na imprensa e disse desconhecer a origem do dinheiro R$ 1,7 milhão apreendido em 14 de setembro em poder dos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, num hotel em São Paulo.
No depoimento, que durou uma hora e meia, Berzoini tentou afastar a crise do dossiê para longe da candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio da Silva. Ele defendeu o ex-diretor do Banco do Brasil e churrasqueiro preferido de Lula, Jorge Lorenzetti, apontado nas investigações como um dos mentores do dossiê. Mas complicou a vida do ex-coordenador da campanha do senador petista Aloízio Mercadante ao governo de São Paulo, Hamílton Lacerda, flagrado nas fitas de vídeo do hotel conduzindo a mala do dinheiro.