Magrelas em ação
Curitiba não é a única cidade do país que possui o policiamento feito por bicicletas. Veja outras cidades que contam com as ciclo-patrulhas:
Londrina (PR)
Campinas (SP)
São Paulo (SP)
Joinville (SC)
Balneário Camboriú (SC)
João Pessoa (PB)
Rio de Janeiro (RJ)
Segurança
Saiba em quais parques de Curitiba a ciclo-patrulha continua presente:
Jardim Botânico
Parque Náutico
Zoológico
Parque Barigui
Parque Passaúna
Parque do Bacacheri
Parque do Atuba
Parque São Lourenço
A ciclo-patrulha da Guarda Municipal de Curitiba, que antes fazia a segurança das ciclovias e acompanhava eventos, hoje está restrita a parques. A redução da área atendida se deve à diminuição do efetivo: em 2005 havia 80 guardas que usavam este meio de transporte; neste ano são apenas 22. Para os guardas municipais, porém, esse número é ainda menor. Existiriam apenas 12 fazendo a segurança de locais como o Jardim Botânico e o Parque São Lourenço.
Um dos poucos guardas que ainda fazem a patrulha de bike, que não quer ser identificado, diz que a ciclo-patrulha foi sucateada. "As bicicletas não têm manutenção, quando uma estraga, eles simplesmente dão uma nova. Tem quase 70 bicicletas paradas e sem uso na sede da guarda", afirma. Ele conta que alguns guardas sofreram quedas e tiveram problemas por causa do uso inadequado das magrelas. "Nós não recebemos nenhum curso de capacitação desde que começamos em 2005."
Segundo a Guarda Municipal, a diminuição ocorreu por falta de efetivo. Atualmente 1.622 guardas fazem parte do grupo, 56 a menos que no ano passado. Os motivos da redução foram falecimentos, aposentadorias e mudanças de emprego por concursos. O presidente da Associação dos Guardas Municipais de Curitiba, José Eduardo Recco, afirma que são necessárias novas contratações. "O prefeito mandou atender a outras prioridades. A ciclo-patrulha é importante, mas falta efetivo e a solução é a contratação." Segundo Recco, a prefeitura ainda não tem previsão para outro concurso.
Números
O efetivo da guarda, quando o projeto ciclo-patrulha começou, em 2005, era de cerca de 1.370, 252 a menos do que o efetivo atual. O último concurso foi feito em 2008, com 200 vagas.
Para o guarda que não quer ser identificado, a solução ao problema seria potencializar o serviço. "Nós temos vários guardas parados em pontos fixo. Se eles fizessem a ronda em duplas com as bicicletas, eles conseguiriam cobrir uma área maior", diz. Para ele, é preciso repensar a segurança e focar na polícia comunitária. "Com a bicicleta, nós estamos mais próximos do cidadão e o contato é mais fácil".
O coronel da Polícia Militar Roberson Luiz Bondaruk considera que a mobilidade é essencial para a segurança. "Uma mobilidade maior do policial sempre ajuda, pois cobre áreas maiores e aumenta a presença da polícia", afirma. "O policial de bicicleta tem um rendimento e conforto maior, porque se desgasta menos do que a pé. Com isso ele está menos cansado na hora de entrar em ação", conta Bondaruk.
A Guarda Municipal afirma que está fazendo um plano de reestruturação da patrulha, mas não quis dar detalhes nem prazos para o projeto.
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