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De bicicleta, Maria evita oito viagens diárias de ônibus com a neta . | Débora Alves/Gazeta do Povo
De bicicleta, Maria evita oito viagens diárias de ônibus com a neta .| Foto: Débora Alves/Gazeta do Povo

As bicicletas elétricas se tornaram um meio de transporte popular em Paranaguá, no Litoral. O preço acessível e o baixo consumo de energia atraíram os consumidores que buscavam um meio de transporte alternativo para percorrer a cidade. “Eu ia da entrada da cidade (Conjunto Cominese) até a Vila Guarani, na região portuária, para buscar minha neta e levar na escola. Eram quatro ônibus para ir e quatro para voltar. A bicicleta é uma ‘mão na roda’”, conta Maria Rubia Baptista Medeiros, a Mara.

A neta de Mara, Gabriella, de dois anos, é autista, não anda e não fala. Por isso, transportar a menina era uma tarefa difícil. Cuidar da neta é só uma das atividades de Mara, que ganhou a bicicleta do filho e diz que ela gasta energia como um celular.

Para quem depende da bicicleta para se locomover, as novas ciclofaixas da cidade se tornaram sinônimo de segurança. “As pessoas respeitam mais o ciclista porque os carros passavam quase por cima da gente, antes”, avalia a ciclista.

Paranaguá tem pouco mais de 27 km de ciclofaixas e, nos próximos meses, o número deve aumentar. Segundo a Secretaria Municipal de Segurança (Semseg), um estudo está sendo feito para viabilizar a criação de novas rotas. A cidade tem o maior número de bicicletas (elétricas ou comuns) por habitante do Paraná: cerca de 105 mil para 140 mil habitantes, e 58% dos trabalhadores portuários as utilizam como meio de transporte.

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