Inovação
UFRJ testa coletivo elétrico
Há um mês, o ônibus elétrico híbrido a hidrogênio, desenvolvido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), começou a circular na cidade universitária. De acordo com o Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ, a ideia é que o projeto, que reduz a emissão de gases poluentes e, consequentemente, o efeito estufa, possa se expandir para todo o país e ser um dos principais meios de transporte no Rio de Janeiro, durante a Copa de 2014.
Com um sistema silencioso, o ônibus possui duas formas inteligentes e sustentáveis de obtenção de energia elétrica. Parte é obtida por uma tomada ligada à rede e parte por uma célula de combustível alimentada a hidrogênio. A Eletrocell, empresa especializada em soluções tecnológicas sustentáveis ligada ao Centro de Inovação, implantou uma tecnologia sustentável e com eficiência energética superior aos veículos convencionais, através do mesmo sistema de recuperação de energia cinética usado nos carros de Fórmula 1. Mas, em vez de velocidade, o sistema proporciona a economia de combustível e o aumento dos índices de desempenho de eficiência energética.
De acordo com o diretor da Eletrocell, Gerhard Ett, um terço da autonomia para o veículo circular provém das baterias carregadas na parte elétrica. O restante vem das células de hidrogênio e da energia cinética obtida com a movimentação do veículo. "Em comparação com outros veículos, também movidos a hidrogênio, o ônibus híbrido consome menor quantidade de combustível por quilômetro rodado", afirma.
O sistema de engenharia inteligente, que gerencia a energia a bordo, permitiu contornar problemas como o alto custo da produção do hidrogênio e o peso das baterias, que demandam mais energia. A célula a combustível usada no projeto é pequena e leve, com pouco mais de 70 quilowatts .
Até 2012, 10% da frota de ônibus de Curitiba deverá ser abastecida com biocombustível. A porcentagem representa o índice de renovação anual do transporte coletivo municipal (140 ônibus) e a estratégia da Urbs é que, a partir daí, os veículos com motores convencionais sejam substituídos gradualmente, a cada ano, pelos ônibus desenvolvidos para receberem o combustível ecológico, que reduz em até 25% o índice de opacidade (fumaça) e até 30% o índice de monóxido de carbono, um dos gases que contribui para o aquecimento global.
Para alcançar o objetivo, a Urbs conseguiu ampliar recentemente o uso do biocombustível na Linha Verde. Dos 12 veículos que operam no trecho, seis ônibus articulados usam 100% do combustível produzido à base de soja (B-100). O aumento de 233% na quilometragem rodada pelos ônibus faz parte da nova fase dos testes com biocombustível, que começou a ser usado há um ano quando os veículos rodavam apenas 2,5 mil quilômetros por mês. Com a autorização da Agência Nacional do Petróleo, a concessionária aumentou a quilometragem para 10 mil quilômetros.
A Agência também autorizou o aumento na quantidade de biocombustível para os testes. Agora, cada empresa parceira do programa Redentor e Sorriso tem direito a 50 mil litros de biocombustível para usar mensalmente. A autorização anterior permitia o uso de apenas 10 mil litros por empresa. As autorizações são necessárias para validar testes de combustíveis alternativos. "Estamos otimistas com os resultados. Até agora os ônibus funcionaram perfeitamente, mesmo com as baixas temperaturas", explica o gestor da Área de Inspeção e Cadastro da Urbs, Élcio Luiz Karas.
O consumo de biocombustível é 2% maior e a perda de potência é de 5%, mas os motores eletrônicos facilitam o ajuste dos ônibus e a diminuição nem é percebida, garante o gestor da Urbs. "Nossa expectativa é que, até que toda a frota esteja funcionando com o biocombustível, o consumo aumente e mais usinas sejam implantadas, ampliando a oferta e barateando o produto, ou então que o governo crie uma política de incentivo pelo uso", diz o gestor.
Até agora, a prefeitura está subsidiando o custo do uso de biocombustível, cerca de 20% mais caro que o diesel comum. Mas de acordo com Karas, como projeto, o município está pagando R$ 0,20 a menos por litro, em relação aos preços praticados nos leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O projeto atual funciona em parceria com a Volvo do Brasil e Scania Latin América, que desenvolveram a tecnologia dos veículos que estão funcionando com o novo combustível, e também com a Bs Bios Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil S/A e RDP, fornecedora do produto. Desde 95, a Urbs estuda o uso de combustíveis alternativos como o etanol, álcool anidro, óleo de fritura, gás natural, os resultados foram insatisfatórios e os projetos, abandonados.
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