A vida boa dos jacarés descobertos recentemente no Parque Barigüi está para acabar, pois a prefeitura pretende capturá-los nos próximos dias. A autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), solicitada em setembro, chegou nesta semana e os biólogos esperam as condições climáticas ideais para captura, já que, com tempo frio, os jacarés se escondem à procura de abrigo.
Para a captura, uma equipe formada por biólogos e veterinários da Divisão de Zoológico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente vai ao lago esperar pelos animais, o que pode levar horas. Ainda não há definição para onde os animais serão encaminhados. Mas a a prefeitura adianta que o mais provável é que criadouros da Região Centro-Oeste do país fiquem com os jacarés.
O Departamento de Zoológico também não sabe exatamente quantos animais estão no Barigüi. Estima-se que sejam dois além do mais antigo, já bastante conhecido da população e que permanecerá no parque.
Abandono
Acredita-se que os jacarés, inclusive o veterano, acabaram no parque ao serem abandonados por pessoas que os adquiriram ilegalmente comportamento ainda comum, segundo a técnica Cosette Xavier da Silva, do departamento de Fauna do Ibama. "Basta olhar os parques de Curitiba, cheios de tartarugas", exemplifica. Em muitos casos, os proprietários se cansam dos animais e os soltam em qualquer lugar, sem se preocuparem com o equilíbrio ambiental. "Cuidar de um animal dá trabalho e antes de comprar um é preciso avaliar se a pessoa está disposta a isso. Se acha que não consegue, melhor nem adquirir", recomenda a técnica.
No entanto, as entregas de animais no Ibama são constantes. Em 2005 foram mais de 1.500 exemplares de várias espécies os pássaros puxam a lista, seguidos pelas tartarugas e espécies em extinção, como o gato-do-mato e o papagaio-da-cara-roxa. Cosette conta que bichos encontrados na cidade ou no mato, às vezes em más condições de saúde, também acabam no Ibama. Dependendo da espécie, é possível devolver o animal à natureza após tratamento. Já outros vão para criadouros credenciados. "Temos tido facilidade em encontrar quem queira cuidar desses bichos", diz Cosette, acrescentando que particulares não podem adotá-los.
Leões
Mas nem sempre achar um local é tarefa fácil. Duas leoas que por muito tempo viveram em uma casa em Curitiba levaram mais de um ano para encontrar quem se dispusesse a cuidar delas. Cosette conta que, há alguns meses, elas foram levadas para um criadouro na região metropolitana, onde já havia outro leão. Recentemente, o Ibama também intermediou a adoção de um leão que pertencia a um circo de Irati.
Serviço: Animais podem ser entregues ao Ibama na Rua General Carneiro, 481, Centro de Curitiba, de segunda a sexta-feira.
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