Segurança
Apesar da restrição, ciclistas dizem que permanecerão nas vias
A Operação Canaleta foi montada após o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus, Anderson Teixeira, solicitar a proibição da circulação de skates, bicicletas e viaturas policiais nessas vias, alegando haver riscos de acidentes. O pedido foi feito no último dia 16, durante reunião do Conselho Municipal de Transporte de Curitiba.
Por isso, além das viaturas, bicicletas e skates também foram alvo das abordagens dos agentes de trânsito. Nos dois pontos da operação, 87 ciclistas e dois skatistas foram orientados a não trafegar pela canaleta e a usarem a pista lateral.
Pessoas que pedalavam na Avenida Marechal Floriano, porém, foram unânimes: não pretendem abandonar a via exclusiva dos ônibus. "Vou continuar usando a canaleta porque ela é muito rápida e segura", disse uma projetista de telecomunicação, que diariamente leva cerca de uma hora para percorrer o trecho entre o Mercês, bairro em que reside, e o Xaxim, onde trabalha.
Opinião semelhante tem José Carlos Bolotto, coordenador do programa Ciclovida, da Universidade Federal do Paraná. "Na pista lateral, o risco é muito maior em meio aos carros que andam espremidos em duas faixas. Não concordo com a restrição, porque a cidade ainda não tem políticas públicas adequadas para o ciclista". (RM)
O foco era nas bicicletas, mas a "Operação Canaleta" acabou constatando que o problema do tráfego irregular nos corredores exclusivos para ônibus em Curitiba é outro: os veículos policiais. Após duas horas de fiscalização em duas canaletas da cidade, agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) abordaram 24 viaturas trafegando pela via do ônibus, que deveriam ser usadas por veículos oficiais apenas em casos de emergência.
Até ontem, viaturas trafegavam livremente nas canaletas, desde que com o giroflex ligado, sistema que garante a esses veículos a prerrogativa legal de trafegar no local. Mas a situação pode mudar.
Durante a operação montada nas avenidas Marechal Floriano Peixoto, no Prado Velho, e República Argentina, no Batel, policiais do BPTran e agentes da Setran anotaram a placa e o órgão para o qual o carro presta serviço. "Vamos enviar esses dados aos órgãos respónsáveis para que comprovem se o policial estava atendendo a situações de emergência naquele momento", afirmou Marcelo Araújo, secretário municipal de Trânsito.
Durante a operação, nenhum auto de infração foi emitido. No total, duas ambulâncias e 26 viaturas foram abordadas: 16 da Polícia Civil, oito da Polícia Militar e duas da Guarda Municipal.
Perigo
Especialistas em trânsito revelam que a presença de carros menores nos corredores aumenta o risco para os pedestres que atravessam essas vias, já que eles esperam ter no campo visual um veículo maior. Exemplo do perigo ocorreu no início de abril, quando Simone Elias da Silva, de 28 anos, foi atropelada por um carro descaracterizado da Polícia Militar na canaleta da Marechal Floriano. Um inquérito na Delegacia de Trânsito apura as causas do acidente.
Segundo dados do BPTran, ocorreram oito atropelamentos nas canaletas de Curitiba entre janeiro e abril deste ano, queda de 20% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram 10 ocorrências. Os demais acidentes nessas vias caíram 7% (29 contra 27), diz a PM.
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