Em setembro de 2004, uma rebelião no Educandário São Francisco resultou na morte de sete adolescentes e deixou outros cinco feridos durante um confronto entre grupos rivais. A violência do incidente chocou entidades e a população, passando a impressão de que os educandários talvez não fossem a resposta para a reintegração dos jovens perante a sociedade.
Pelo menos era o que parecia. Um ano e meio depois da tragédia na instituição, que fica em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, a realidade dos jovens infratores paranaenses hoje parece ser bem diferente. Tanto que o estado começa a despontar como referência nacional no atendimento e na garantia dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei.
Esta foi a conclusão de pessoas que visitaram o educandário e o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator (Ciaadi), em Curitiba, nesta quarta-feira. As visitas estavam dentro da programação da blitz nacional promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em conjunto com o Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Relatórios ainda não foram divulgados, mas as impressões dos organismos deixam o Paraná em uma posição privilegiada. Segundo a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB-PR, Márcia Caldas, a diferença é brutal em relação ao caos encontrado em 2004, logo após a rebelião.
No Ciaadi, unidade provisória com capacidade para 91 jovens no Tarumã, o atendimento foi considerado irrepreensível. Para Isabel Mendes, secretária da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR, a tranqüilidade nas visitas foi um ponto fundamental. Na instituição, Márcia encontrou internos ocupando alojamentos individuais, as celas e o refeitório limpos, além de não haverem queixas sobre a qualidade da comida.
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