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A interdição na BR-476, entre Lapa e o trevo de Paulo Frontin, fez o trânsito na BR-153, entre Paulo Frontin e Irati, praticamente dobrar em menos de dois dias, tornando a viagem mais perigosa para os motoristas. Nesta quarta-feira (31) somente entre os 73 quilômetros do desvio, ocorreram oito acidentes - um com vítima fatal -, dando uma média de um a cada nove quilômetros. Um desses acidentes interditou a BR-153 por uma hora, causando uma fila de veículos de aproximadamente cinco quilômetros de cada lado.

Segundo informações da repórter Érica Busnardo da Gazeta do Povo, a pista da BR-153 que está servindo de rota alternativa a BR-476 para quem vai de Lapa a União da Vitória, e vice versa, é simples, com muitas curvas e sem acostamento. O desvio aumenta a viagem em 58 quilômetros. Já de Lapa para São Mateus do Sul são 43 quilômetros a mais, usando a PR-427, um pequeno trecho na BR-376 e PR-151. Neste trecho, o tráfego também é intenso e perigoso. Na noite de terça-feira, um carro em que viajava uma família bateu contra um caminhão. Duas crianças morreram.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, a BR-153 não suportará por muito tempo o tráfego de aproximadamente 2 mil veículos e 4,2 mil caminhões que circulavam diariamente na BR-476. O bloqueio no trevo de Paulo Frontin é formado por um trailer da polícia rodoviária e logo atrás, uma barricada de terra reforça a interdição. Até ontem à tarde, os policiais estavam permitindo a passagem pela BR 476 somente carros pequenos.

ReforçoO fechamento da BR-476 reforçou a manifestação de prefeitos da região Sul, marcada para quarta em União da Vitória e cancelada devido à chuva. Para o presidente da Associação das Câmaras do Sul do Paraná (Acamsul), Alcenir Irineu Bracia, a atitude do governo só reforça a campanha pela manutenção pela rodovia. "Queríamos fazer a manifestação e o governo se adiantou. Um ponto para nós", disse. O protesto foi adiado para o dia nove de setembro e já conta com a adesão de prefeituras do Sul de Santa Catarina.

O Dnit voltou a informar que não há possibilidade do governo federal recuperar a BR-476. No início do mês, o Ministério dos Transportes fez uma consulta ao Tribunal de Contas da União sobre a possibilidade de investimentos federais na rodovia, mas a proibição foi mantida. A divergência entre governo federal e estadual sobre a manutenção da BR-476 está na medida provisória 82, que transferiu a responsabilidade e recursos para obras para o governo estadual. No entanto, a MP foi vetada pelo presidente Lula.

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