O boletim de ocorrência unificado (BOU), usado desde 2004 no Paraná, é o documento que unificou as informações da PM e da Polícia Civil. O boletim acabou com a necessidade de a população registrar duas vezes, uma em cada instituição, o crime do qual era vítima. As duas instituições têm acesso a ele. O problema é que ele não está integrado com o “Siscopweb”. O BOU é uma ferramenta que reúne apenas ocorrências registradas pela população. O “Siscopweb”, no entanto, pode apresentar um dado mais próximo da realidade subnotificada.

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“As pessoas deixam pouco a pouco de confiar na polícia e não registram mais furtos e até pequenos roubos. Em muitos momentos, quando ligam 190 nem esperam no local. Ou seja, o BOU reflete uma realidade distorcida. O 190 reflete o que a população comunicou a polícia”, explicou o policial. Segundo ele, o dado do BOU não é descartável. Pelo contrário, é fundamental na gestão e é um dado confiável, mas o que está no “Siscopweb” deveria conversar, de forma integrada, com o BOU, para poder tentar aproximar da realidade de crimes subnotificados.

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“Grande parte dos acionamentos pelo telefone não gera boletim de ocorrência, principalmente no interior. São casos de orientação, pedido de patrulhamento, briga de vizinho, perturbação de sossego. Tudo isso demanda despacho de viatura, que precisa ser reunido e pensado para melhorar o atendimento”, comentou.