A Justiça em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, aceitou a denúncia contra Marcos Aparecido dos Santos o Bola em um processo relativo ao assassinato de dois homens em 2008. Santos, que já está preso, teve ainda um mandado de prisão preventiva decretado. Ele também é réu no caso que julga o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Segundo o Fórum de Esmeraldas, a denúncia foi aceita no dia 12 de abril.
Além de Santos, três policiais civis foram denunciados pelo Ministério Público. De acordo com o Fórum de Esmeraldas, os quatro réus vão responder por cárcere privado, homicídio, ocultação de cadáver, peculato e tortura. Bola e os três policiais são suspeitos de sequestrar dois homens que teriam sido torturados e assassinados em um sítio, que o Grupo de Resposta Especial da Polícia Civil de MG (GRE) usava como local de treinamento, no município de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os corpos até hoje não foram encontrados.
A família de um dos desaparecidos procurou a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa em 2009 para relatar o desaparecimento das vítimas. Os dois homens teriam sumido um ano antes, em 2008. Segundo a comissão, os três policiais pertenciam mais ao GRE. Eles foram transferidos de função dentro da corporação.
A Comissão de Direitos Humanos disse que dos três policiais denunciados, dois já estão presos. A Secretaria de Estado e Defesa Social disse que eles estão detidos na Casa do Policial, no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte.
O outro policial que é réu não teria sido preso ainda porque estaria de férias e não foi localizado. De acordo com a comissão, informações indicam que ele vai se entregar.
Outros processos contra Bola
Marcos Aparecido dos Santos está preso desde julho de 2010, mas por outro caso. Ele é réu no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio. No dia 6 de abril de 2011, Santos teve mais um mandado de prisão preventiva expedido contra ele.
Bola também é suspeito de ter participado da morte de um homem no dia 23 de maio de 2000. O pedido de prisão foi expedido pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A mesma magistrada responsável pelo julgamento do caso Eliza Samudio.
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