Foz do Iguaçu Onze meses foram suficientes para o boliviano Luís Alberto Rojas Sousa, 35 anos, conhecer realidades distintas do sistema prisional brasileiro. Uma, a Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, onde se deparou com o "inferno" e a atual, na Penitenciária Estadual, sinônimo de tranqüilidade, segundo ele.
Na Cadeia Pública, onde 806 presos dividem um espaço projetado para 300, Rojas chegou a pagar para poder ter o direito de descansar em uma cama. "Às vezes dormia sentado ou de pé", diz.
Único boliviano detido na penitenciária, Rojas adaptou-se bem ao sistema carcerário do presídio de segurança máxima. No local os presos passam por uma desintoxicação. Não podem fumar, usar drogas e bebidas alcoólicas. Quem quiser, tem até a opção de trabalhar para diminuir a pena. A cada três dias de trabalho, um a menos na ficha. Rojas não teve muita dificuldade com o idioma porque divide a cela com paraguaios e compreende com facilidade o português. Mas no tempo que ficou na Cadeia Pública, ele conta que não entendia os brasileiros porque eles falavam muita "gíria" de preso.
Até agora, a única visita freqüente que o boliviano vem recebendo é da mulher, que mora em Santa Cruz de La Sierra, fronteira com Corumbá (MS). Ela vem a Foz praticamente duas vezes por ano. "Fica muito longe e é muito caro para vir. Ela gasta uma semana de viagem em ônibus para me ver só por três horas, tempo da visita", diz. Rojas está aguardando o fim do ano para receber a visita dos pais pela primeira vez. Ele foi preso com dois quilos de cocaína na rodoviária de Foz do Iguaçu e tem cerca de quatro anos de pena pela frente.
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