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Artesanato

Bolsa sustentável com nome chique? Furoshiki

Preparo– Pegue um tecido ou lenço quadrado e dobre na diagonal, do lado avesso | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Preparo– Pegue um tecido ou lenço quadrado e dobre na diagonal, do lado avesso (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)
Profundidade– Para fazer a lateral, meça a profundidade que a bolsa terá. Tire um palmo da ponta do triângulo e dobre a outra ponta para ter a medida do nó |

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Profundidade– Para fazer a lateral, meça a profundidade que a bolsa terá. Tire um palmo da ponta do triângulo e dobre a outra ponta para ter a medida do nó

Amarre– Com essa medida, dê o primeiro nó. Para fazer o nó do outro lado, vire o tecido e repita o processo do outro lado |

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Amarre– Com essa medida, dê o primeiro nó. Para fazer o nó do outro lado, vire o tecido e repita o processo do outro lado

Equilíbrio– Antes de continuar, verifique se as pontas estão com o mesmo tamanho |

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Equilíbrio– Antes de continuar, verifique se as pontas estão com o mesmo tamanho

Virada– Puxe uma ponta do triângulo para cima e vire todo o tecido para o lado direito |

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Virada– Puxe uma ponta do triângulo para cima e vire todo o tecido para o lado direito

Quase lᖠSegure as pontas que sobraram e veja o formato que terá a bolsa. Os nós que já foram dados formam a costura lateral |

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Quase lᖠSegure as pontas que sobraram e veja o formato que terá a bolsa. Os nós que já foram dados formam a costura lateral

Laço– Faça um laço japonês – são dois nós simples que vão garantir a firmeza da bolsa. Não precisa apertar demais |

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Laço– Faça um laço japonês – são dois nós simples que vão garantir a firmeza da bolsa. Não precisa apertar demais

Pronto– Ajuste a alça como for melhor para você. Agora é só encher a bolsa e sair para passear |

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Pronto– Ajuste a alça como for melhor para você. Agora é só encher a bolsa e sair para passear

Uma bolsa sem costura ou uma embalagem de presente sem qualquer vestígio de fita adesiva. Parece muito tecnológico ou moderno, mas na verdade é o furoshiki, uma arte tradicional – e centenária – japonesa. Com um tecido quadrado, é possível embalar qualquer coisa, de um livro até engradados de bebidas, além de fazer bolsas para levar à praia, mercado ou passeios variados.

A designer e professora Sofia Nanka Kamatani, uma das responsáveis por disseminar o furoshiki no Brasil, conta que a técnica surgiu no Período Edo, entre os anos de 1600 e 1800, no Japão. "Os senhores de feudos frequentavam os banhos públicos e cada um carregava seu vestuário embrulhado no furoshiki, que era identificado com o brasão da família", conta. Além disso, nesse período havia muitos incêndios e o furoshiki servia como uma ferramenta para ajudar na mudança: os objetos embrulhados eram carregados nas costas e cabeça.

No Brasil, os imigrantes japoneses mantiveram a tradição e fizeram questão de repassá-la aos descendentes. Foi assim que a assessora de eventos Tereza Hatue de Rezende aprendeu a fazer os embrulhos. "Aprendi com a minha avó. Antigamente, carregávamos o lanche da escola assim", conta. Com Sofia, a avó também foi a responsável pelo primeiro contato com o furoshiki. "Aconteceu pelo gesto de ser presenteada pela minha avó, porque todos os meus parentes moram no Japão e esse elo com o furoshiki é muito forte, é a minha infância."

Sustentabilidade

Embora fizesse parte do cotidiano dos imigrantes no país, a técnica ficou esquecida até mesmo no Japão, mas voltou com força na última década com a difusão do conceito de sustentabilidade. Tereza conta que teve a inspiração para popularizar o furoshiki depois de ver os índices de consumo de sacola plástica no mundo.

Para quem, como Tereza, defende essa arte como alternativa ao plástico não há argumento melhor: o embrulho de pano é a concretização do conceito de "4Rs", de reuse, recicle, reduza e respeite. No ano passado, ela começou um projeto com moradoras da Vila das Torres. As mulheres cortaram os tecidos e aprenderam a fazer bolsas, que foram, inclusive, distribuídas em um evento de moda da capital.

Tanto Sofia quanto Tereza estão engajadas para disseminar essa cultura no país, em encontros e palestras sobre o tema. Para Sofia, o processo é apaixonante, porque a cada nova reunião, ouvia histórias de famílias que tinham alguma relação com o furoshiki. "Uma das histórias mais emocionantes foi de uma senhora japonesa que confidenciou que até hoje tem a carta do seu primeiro amor embrulhada no furoshiki. Dá para perceber o tamanho do amor que existe nesse embrulho."

Tereza Hatue de Rezende ensina o passo a passo para se fazer uma bolsa tipo ecobag com o furoshiki.

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