O ministro da Saúde, Nelson Teich, com o presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Marcos Correa
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O presidente Jair Bolsonaro se reúne na manhã desta quinta-feira (23), com o ministro da Saúde, Nelson Teich, para debater o uso da cloroquina no tratamento de pacientes com a covid-19. Em encontro no Planalto, Bolsonaro e o ministro recebem o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz Britto Ribeiro, para a apresentação de um estudo sobre o uso do medicamento no combate à doença.

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O uso da cloroquina foi amplamente defendido por Bolsonaro antes da demissão do ex-ministro da pasta Luiz Henrique Mandetta, que pedia cautela na prescrição do medicamento. Usada para o tratamento da malária, a droga ainda está em fase de testes sobre sua eficácia contra o novo coronavírus.

Em entrevista no dia 13 de abril, o presidente do CFM disse que o órgão ainda deveria se posicionar oficialmente sobre o tema - o que ainda não ocorreu. Na ocasião, afirmou "não existir nenhum trabalho na literatura mundial que comprove a eficácia" do medicamento no tratamento da doença. "O que acontece no Brasil é uma situação pouco usual. Pessoas comentam sobre a droga como se tivessem domínio absoluto", disse ele na ocasião. Segundo Ribeiro, porém, "o fato de não existir evidência científica não quer dizer que não se pode recomendar uso, mas com segurança".

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Também participam da reunião para exposição do estudo os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Braga Netto, da Casa Civil, que lidera o gabinete de crise interministerial de enfrentamento a pandemia. O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), também está presente.

Outro dois deputados federais, que são médicos por formação, estão escalados para o compromisso: Hiran Gonçalves (PP-RR) e Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), conhecido como Dr. Luizinho.

Entre os compromissos oficiais do chefe do Executivo estão listadas para hoje reuniões com os ministros Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e com Sergio Moro da Justiça e Segurança Pública. Na segunda-feira, 20, Bolsonaro afirmou que conversaria com Moro para articular a reabertura de academias da Polícia Federal para dar início a flexibilização de orientações de distanciamento social.