Mesmo depois de cinco dias seguidos de combate às chamas, o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo ainda não tem previsão exata de quando será extinto o incêndio em tanques de combustíveis na região portuária de Santos.
O fogo no depósito de combustíveis da empresa Ultracargo começou por volta das 10h da última quinta-feira (2). Ainda restavam chamas em dois tanques até o final da tarde desta segunda (6). Como a temperatura ainda era bastante alta, a estratégia dos bombeiros adotada nos últimos dias foi a de resfriamento dos tanques, pelas laterais.
Segundo o capitão Marcos Palumbo, a partir de agora é possível atacar diretamente as chamas, concentradas no alto dos tanques. Serão utilizados 50 mil litros de espuma, a serem distribuídos em três caminhões.
Mesmo com o trabalho de atacar o fogo, o risco ainda persiste, segundo o capitão. “Se apagarmos o fogo não quer dizer que vá ter o término da ocorrência. Nós temos uma câmera térmica que ela consegue determinar que o líquido ainda está muito quente e há a possibilidade que, mesmo sem o fogo, o líquido quente possa ter uma ignição e recomeçar o fogo”.
O incêndio em Santos, nas palavras de Palumbo, “é a operação mais difícil que a emergência do Estado de São Paulo já enfrentou”. “Não houve nenhum tipo de trabalho tão perigoso”. A operação envolve 118 bombeiros militares, 36 caminhões e quatro embarcações, sendo navios rebocadores - um dos bombeiros e outro da Petrobras.
Segundo o Corpo de Bombeiros, todo o custo com equipamentos está sendo bancado pela Ultracargo. Além do resfriamento dos 21 tanques, em cinco foi necessária a retirada do composto e a substituição por água, por precaução.
Em nota, a Ultracargo disse que “não tem medido esforços para cooperar com as autoridades públicas” e que tem realizado “o monitoramento e controle de risco ambiental na área de influência do incidente”. A empresa dispôs cerca de 140 funcionários para colaborar na operação.