Os bombeiros localizaram no início da noite desta segunda-feira (4) o corpo de mais uma vítima do acidente trágico que ocorreu no domingo (3) na rodovia BR-277, na região de Morretes, no Litoral do Paraná. O corpo, ainda sem identificação, estava carbonizado e foi encontrado no mesmo canal em que foi localizada a quarta vítima do desastre, pela manhã. A suspeita é de que se trate da mãe do bebê encontrado às margens da rodovia no dia do acidente. Ela ainda é dada como desaparecida.
As buscas por vítimas tinham sido suspensas no início da tarde desta segunda, mas foram retomadas após ser constatado o desaparecimento da mãe da criança, uma mulher de 21 anos. Familiares dela relataram às autoridades que a mulher viajava com o marido e a filha, de 17 dias, para passar o fim de semana no Litoral do estado. Eles retornavam para Curitiba quando o carro em que estavam, um Renault Clio, pegou fogo após a explosão do tanque de combustível que era transportado por um caminhão que tombou na estrada.
Na tarde desta segunda-feira, a mãe da mulher desaparecida esteve no Hospital Evangélico e reconheceu a neta. Os familiares também peregrinaram por hospitais de Curitiba e do Litoral, mas não a encontraram. A identidade dela não foi revelada pela polícia.
O corpo do marido da jovem foi identificado na tarde desta segunda-feira por um tio dela no Instituto Médico-Legal (IML) de Paranaguá. Apesar de homem - que tinha 26 anos de idade - ter sido carbonizado, o rosto da vítima estava em um estado que permitiu o reconhecimento visual. Segundo o IML, no entanto o corpo não liberado por falta de documentação.
Outras vítimas
Outras três pessoas que viajavam em um Logan morreram no desastre. Entre eles, estão Anderson Luiz Cunha e o filho dele Gabriel Cunha, de apenas 13 anos. Segundo a Polícia Civil, o corpo do garoto ficou completamente carbonizado e só poderá ser identificado oficialmente por meio de um exame de DNA. Familiares do menino já cederam material genético para o exame. Somente após o expedição de laudo é que o corpo será liberado para o sepultamento.
A outra vítima foi identificada previamente como Ana Carolina, que seria namorada de Anderson. Segundo o delegado Ítalo Sêga, chefe da 1ª Subdivisão Polícia, a guarda do garoto era compartilhada entre Anderson e a ex-mulher. As três vítimas passaram o fim de semana em Morretes, aproveitando o domingo de sol. “Foi um choque para a família. O Gabriel era o xodó dos avós, que estão muito abalados”, disse o delegado.
Prisão
O homem de 43 anos que conduzia a carreta que causou o acidente permanecia detido na tarde desta segunda-feira. Ele foi preso em flagrante logo após o desastre, acusado de homicídio com dolo eventual - quando o agente, por sua conduta, assume o risco de cometer o crime. Segundo o delegado Ítalo Sêga, o caminhoneiro declarou, em depoimento, que o painel do veículo havia emitido um sinal, indicando falhas no sistema de freios. Mesmo assim, o motorista optou por seguir viagem.
“Ele mesmo assumiu que sabia do problema nos freios. Por isso, consideramos que ele assumiu o risco de matar, ao seguir viagem”, apontou o delegado.
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