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Bombeiros: os mais confiáveis

Corpo de Bombeiros de Curitiba: trabalho coletivo e pronto atendimento garantiram nota 9,2 | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Corpo de Bombeiros de Curitiba: trabalho coletivo e pronto atendimento garantiram nota 9,2 (Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo)

O Corpo de Bombeiros é a instituição em que os curitibanos mais confiam. Por outro lado, os partidos políticos têm a menor credibilidade. Os dados são de levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas com exclusividade para a Gazeta do Povo. O estudo avaliou 26 instituições sociais, públicas e privadas para saber qual o grau de confiabilidade que a população tem em cada uma.

A explicação para os dois extremos está relacionada ao serviço prestado e à imagem que a instituição passa. Enquanto o Corpo de Bombeiros é reconhecido pela população pelos resgates em situações de risco e pronto-atendimento, os partidos políticos frequentemente viram assunto por motivos como roubo e corrupção.

Segundo o cientista político Emerson Cervi, a tendência é confiar em instituições prestadoras de serviço, aquelas que não só estão em contato direto com a população, mas que constroem uma boa imagem pela eficiência do atendimento. "Aquilo que aparece mais tende a ganhar crédito das pessoas. O que está na mídia e nas conversas com bons exemplos é visto de forma positiva", explica. Por isso também estão no topo da lista as Forças Armadas e os Correios.

No caso dos partidos políticos, há outros agravantes que explicam a desconfiança. Na prática, são instituições distantes da população. Assim como eles, a Câmara de Vereadores e a Assembleia Legislativa do Paraná também ocuparam o final da lista de instituições confiáveis.

Acreditar em uma instituição ou não também está ligado à pluralidade. O comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, Luiz Henrique Pombo do Nascimento, diz que o atendimento é feito independentemente de classe social. "Qualquer pessoa a quem você perguntar na rua vai dizer que, em caso de emergência, pensa nos bombeiros. Todo mundo sabe que nosso serviço é para todos."

Mudança

Porém, essas impressões podem mudar. O coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pú­­blica da Pontifícia Uni­­ver­­si­­dade Católica de Minas Ge­­rais (PUCMG), Luís Flávio Sa­­pori, lembra que na década de 80, por exemplo, a população tinha baixa confiança na Polícia Federal e hoje a situação foi revertida – ela ficou em oitavo lugar. Isso só foi possível pela atuação de destaque, principalmente em crimes do colarinho branco, nas últimas duas décadas.

Ao mesmo tempo, a Po­­lícia Civil e a Militar tiveram baixa confiabilidade na pesquisa. Isso está, de acordo com Sapori, na atuação falha e na ineficiência.

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