Três embarcações do Corpo de Bombeiros, além de 10 canoas de pescadores, fazem buscas na manhã desta segunda-feira (17) pelo pescador Pablo Luiz do Rosário, de 29 anos, que desapareceu após entrar em alto-mar por volta das 16 horas de sábado (15), em Matinhos, no litoral do Paraná. De acordo com o capitão Jonas Emmanuel Benghi Pinto, as chances de encontrá-lo com vida são remotas, mas os bombeiros ainda não descartam essa possibilidade.
Altair do Rosário, tio do pescador, conta que o sobrinho saiu para o mar em uma canoa junto com um primo, Jefferson Luiz do Rosário, na tarde de sábado. "Enquanto o primo descansava na proa do barco, o Pablo estava no leme, que fica na popa, na parte de trás", conta o tio. "Quando o Jefferson acordou, o leme havia se desprendido da canoa e Pablo havia sumido".
Apesar da falta do leme, que controla a direção da embarcação, Jefferson conseguiu retornar à praia e procurou o Corpo de Bombeiros, por volta das 17 horas. Segundo o capitão Pinto, imediatamente os bombeiros iniciaram as buscas, com um jet-sky e a ajuda de três pescadores, em canoas. "A equipe trabalhou, no sábado, até as 3 horas da manhã, mas como estava escuro o trabalho foi difícil", conta o capitão.
No domingo (16), às 7 horas, as atividades foram retomadas, com duas lanchas dos batalhões de Guaratuba e Paranaguá e uma moto aquática da equipe de Matinhos, além de dez barcos de pescadores. "As buscas ficaram concentradas em uma área entre as ilhas de Currais e Itacolumi, onde o pescador desapareceu, a cerca de 15 quilômetros da costa", explica Pinto. O trabalho durou até o meio-dia, quando começou a chover e o mar ficou agitado, segundo os bombeiros. Apesar disso, as equipes encontraram o leme da canoa, próximo ao local onde Rosário desapareceu. "Imaginávamos que o pescador estaria agarrado ou perto do leme, mas ele não foi visto nas proximidades".
Nesta segunda-feira, os bombeiros trabalham desde as 7 horas com os mesmos equipamentos. Agora a área de varredura se estende em direção Norte, no sentido da Ilha do Mel e de Superagüi, para onde a correnteza pode ter levado Rosário. O trabalho acontece apenas na superfície do mar. "É complicado fazer buscas submersas por causa da grande extensão da área", diz. "Mas ele só estaria no fundo do mar se tiver se enroscado em algum objeto".
Chances remotas de vida
Segundo o capitão Pinto, os bombeiros consideram remotas as chances de encontrar o pescador com vida. "Já falamos com a família dele sobre nossas expectativas", diz. Mesmo assim, o capitão conta que a possibilidade não está descartada. "O Corpo de Bombeiros tem um prazo de 15 dias para trabalhar incessantemente. Depois disso, o prazo ainda pode ser prorrogado, dependendo da avaliação das circunstâncias", explica.
A família prefere não pensar no pior. "Ele é um pescador experiente, bom nadador e surfista", diz Altair do Rosário. Segundo o tio, Pablo pesca desde os nove anos de idade, quando aprendeu a atividade com o pai. "Ele é uma cara especial. Todos na cidade conhecem ele".
Um avião das Forças Armadas e um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também estão de prontidão para auxiliar nas buscas, mas ainda não foram utilizados, por causa das más condições de visibilidade, segundo o os bombeiros. "Assim que o teto visual melhorar, teremos mais esses equipamentos à disposição", afirma o capitão.
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